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Uma dolorida reflexão domingueira

 

Há quase  dois anos  o filósofo Marcos Nobre previu que chegaríamos a fevereiro de 2021 com o Brasil dando mais um passo atrás. Na época, ele chamou isso de “uma profunda inflexão na institucionalidade democrática”,  promovida  por Jair Bolsonaro e com anuência das próprias instituições. Desgraçadamente esse desastre começou a se materializar com as “eleições$” de Arthur Lira, para a presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco, no Senado. Com os dois fatos, o Centrão toma conta do parlamento e a oposição, acuada pela sua própria falta de articulação política, só assiste ao Bozo passar a boiada.

 O resultado prático da tragédia é a convalidação de uma pauta (sacana e hipócrita) de costumes e a abertura de espaço para que o governo entregue de vez à iniciativa privada, inclusive ao capital internacional, estatais importantes para a nossa soberania. Some-se a isso o afrouxamento cada vez maior da fiscalização dos biomas  e a aceleração na retirada de direitos, iniciada pelo vampiro brasileiro  Michel Temer. 

Enfim, à luz da ciência social, que dá mais precisão às leituras de cenário, Nobre advertiu que estávamos caminhando para um Brasil cada vez mais excludente e com um grave aprofundamento da crise social. Tudo isso com o silencio  obsequioso da mídia tradicional, que apanha diariamente do dublê de Napoleão, mas continua desempenhando o papel de mulher de malandro. A Rede Globo é o maior exemplo da pusilanimidade.

 

 

 


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