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Estava escrito nas estrelas

Informa o Rigon em seu blog que o Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para apurar irregularidades na execução do projeto do Novo Centro. Lembro a propósito que o contrato com a CR Almeida foi assinado em 2004 pelo prefeito João Ivo Caleffi (PT), com o valor de R$ 43,8 milhões e com prazo de 40 meses para término da obra. Em fevereiro de 2005 o prefeito empossado em janeiro, Silvio Magalhães Barros II foi até a sede da Vega (autora do projeto) em companhia do irmão deputado, Ricardo Barros. Lá, os dois pediram para ver o projeto e foram prontamente atendidos. Ricardo criticou duramente o trabalho da Vega, uma das maiores empresas de projetos urbanos da América do Sul. RB anunciou que pararia a obra para fazer reparos. O proprietário da empresa, um mineiro de fala mansa que não me lembro o sobrenome agora (o chamam só de sr. José) respondeu que a obra já estava em andamento e que não tinha mais como ser paralizada para alterações no projeto original. “Mas vou fazer isso”, retrucou Ricardo. E fez: parou as obras do Novo Centro por mais de dois anos, conseguiu alguns aditivos no Ministério das Cidades e fez pequenas alterações, como por exemplo, a extensão da Avenida Horácio Racanelo até o viaduto da Guaiapó e elevou o custo do rebaixamento da linha para mais de R$ 100 milhões.

Lembro ainda que a supervia (Av. Horácio Racanello) e os 7 viadutos previstos no projeto original eram para estar prontos em janeiro de 2008. Já estamos, portanto, com um atraso de 4 anos. E uma obra que custaria R$ 43,8 milhões deve passar dos R$ 120 milhões. Não é por acaso, portanto, que foi investigada pela CGU (Controladoria Geral da União) e esteve na mira do TCU (Tribunal de Contas da União). Por essas razões todas é que estava escrito nas estrelas que uma ação civil pública ia atormentar o sono do prefeito Silvio Barros II, desde o primeiro mês de sua primeira gestão, sempre guiado pela cabeça do irmão mais novo.

Comentários

Messias Mendes disse…
Este comentário foi removido pelo autor.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema