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Isso pode, Arnaldo?



Porque será que a mídia trata como generais os oficiais de alta patente que já não estão mais na caserna? Mesmo os da ativa, não podem ser tratados por sua designição hierárquica, caso estejam exercendo funções politico-partidárias. Isso , informa o ex-ministro da defesa Aldo Rebelo,  contraria o Estatuto dos Militares . Sendo assim, incorre em desvio de conduta ministros como  Heleno, que usa a patente de general, que já teve um dia, para fazer bravatas contra as instituições democráticas.

Comentários

Anônimo disse…
O golpismo de Heleno vem de longe. Não esqueçam que ele era ajudante de ordens do Gen. Sylvio Frota, que tentou um golpe em Geisel contra a abertura que encerrou a ditadura militar. É viúvo da pior tradição autoritária. Sem falar em suas histórias muito mal explicadas no Haiti...
Décio disse…
Os 20 anos da sangrenta ditadura militar no Brasil foi um atraso para o país em todos os sentidos, sem os militares teríamos Jango como presidente, depois JK, depois Jango de novo e depois Brizola, seriamos um país de primeiro mundo.
Irineu disse…
Hoje, 1964 é história, mas durou até 1985. Como vemos, os militares sempre foram uma força política a serviço das elites conservadoras e pró-Estados Unidos, sem contar a vergonhosa divisão antes da 2ª Guerra entre germanistas – fascistas, lógico – e pró-aliados. Em 1964, nos alinhamos totalmente aos Estados Unidos, mandando até tropas para a invasão imperialista da República Dominicana para sufocar uma rebelião popular democrática, sempre apoiando as elites agrárias e de direita sob o manto da luta contra o comunismo.

A Constituição de 1988 poderia ter posto um fim nisso, mas não o fez, conciliou com as Forças Armadas e o resultado agora nos assombra. Eles estão de volta com Bolsonaro, hibernaram 30 anos nas escolas militares e na não submissão do poder militar ao civil. Apesar do comando civil do Ministério da Defesa, ao qual estão subordinados os ministérios militares, nunca o poder civil decidiu a política militar no Brasil e jamais eles, os militares, aceitaram o presidente da República como comandante em chefe das Forças Armadas.

Controlam o orçamento, as promoções, as prioridades da defesa nacional e de sua indústria, seus planos de armamento. E com a nova reforma da Previdência deles mesmos, votada apenas nas comissões do Congresso, se tornaram uma casta.

A gravidade da situação politica do país está escancarada. Só não vê quem não quer. Estamos, novamente, sob a ameaça de uma ditadura militar, e fatos como a execução, comandada por Ronnie Lessa, da vereadora Marielle Franco e, agora, no outro polo, a queima de arquivo com a execução do outro suspeito de envolvimento no assassinato, chefe dos milicianos, Adriano da Nóbrega, ambos com ligações mais do que provadas com a família do presidente, só comprovam a que ponto chegamos.

Não se trata mais do risco do autoritarismo, mas da face oculta de todas as ditaduras, a violência acobertada pelo Estado ou por ele promovida. As impressões digitais são a prova que vivemos de novo às portas de uma nova ditadura. Aos poucos, vamos nos dando conta como nos custará caro ter anistiado os crimes da ditadura.

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