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Carmem Lúcia vai. Gilmar já tem o poder no STF

                                                              Por Fernando Brito                                                 ·  Outro dia   escrevi aqui   que a Ministra Cármen Lúcia via seu papel de presidente do Supremo Tribunal Federal reduzir-se ao papel de um decorativo pinguim de geladeira, mais ainda agora, com a posse de Alexandre de Moraes no STF. Embora não muito gentil, do que me penitencio, a expressão provou-se verdadeira, com o anúncio feito pela Ministra de que   se aposentará no ano que vem , bem antes do limite de idade (terá 64 em abril de 2018).  Não é preciso dizer que a presidência que tem do STF é formal. A liderança política do Tribunal está, escandalosamente, nas mãos do Ministro Gilmar Mendes, que mantém com o Planalto e o Congresso os diálogos formais, os informais e os impublicáveis. Inclusive a anistia à Caixa 2 – numa forma que seja conveniente, para não ser contestada judicialmente – e uma reforma eleitoral que seja seu complement

A pirotecnia dos investigadores e a desfaçatez dos investigados

                               Por Helena Chagas                                         Em Os Divergentes (via blog do Luis Nassif) Curitiba parece nao querer mesmo sair do mapa midiático, e aproveitou para comemorar os três anos da Lava Jato, hoje, com uma super-mega-power operação, a maior da PF em toda a sua história, contra grandes frigoríficos do país, que teriam pago propina a fiscais do Ministério da Agricultura para fazer vista grossa à venda de carne deteriorada. É revoltante saber que estamos consumindo carne podre, misturada com papelão e produtos químicos. Quem faz isso merece cadeia, e ponto final. Não há o que discutir quanto ao mérito da operação. Mas também não há como não notar, mais uma vez, certa movimentação pirotécnica dos investigadores da Carne Fraca, que estão sob a jurisdição de um colega do também paranaense Sergio Moro, o juiz federal Marcos Josegrei. É aí que a coisa pega, nas precipitações que podem levar a informações  que não se confirm

O golpe baixo da terceirização

O deputado Laércio Oliveira (SD-SE) é o relator do projeto de terceirização que deve ser votado (e aprovado) semana que vem na Câmara Federal. Segundo pesquisa da revista Carta Capital, em 2014 Oliveira recebeu quase R$ 1,5 milhão em doações , de empresas diretamente interessadas na terceirização. Entre os doadores está a empresa de seguros do Bradesco,” instituição financeira condenada  por terceirizar a venda de cartões de crédito, como se tal finalidade não fosse parte da empresa”. Outra empresa doadora foi a Gocil, cujo marketing em cima do oferecimento “colaboradores” nas áreas de segurança e limpeza. “A terceirização é plena e deve ser exercida dessa maneira. Qualquer coisa pode ser terceirizada”, sustenta o despudorado relator do Projeto de Lei nº 4.302, de 1998. Sem nenhum pudor também, o governo Temer abraçou a causa e colocou a terceirização como parte do seu projeto de reforma trabalhista. O projeto de terceirização se arrasta desde o governo Fernando Henrique, porque o

Querem destruir o Brasil

Política de ajuste fiscal do governo Temer ameaça o Brasil com o efeito saúva   E sther  Dweck , doutora em Economia da Indústria e Tecnologia e professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ diz, em artigo publicado no site Carta Maior que o governo Temer está propondo uma agenda que é para destruir o país . “ Eu não sei em que mundo eles vivem, mas há um movimento mundial para demonstrar que ajuste fiscal só aprofunda a crise econômica”, diz, criticando duramente as reformas liberalizantes conduzidas pelo ministro Henrique Meireles. Segundo Esther Dweck,  são três os pontos principais dessas reformas liberalizantes: “ O primeiro é a destruição da legislação trabalhista, com terceirização geral e irrestrita, a prevalência do negociado versus o legislado e a flexibilização da jornada. O mais interessante é que o Brasil tinha, em 2014, a menor taxa de desemprego da história, sem que tivessem sido necessárias quaisquer dessas mudanças”.   “As outras duas medidas demonstr

Pega na mentira

O jornalista e economista (doutor pela Copp/UFRJ) J. Carlos de Assis   diz com todas as letras que o presidente Michel Temer mentiu ao vincular a crise dos Estados aos seus sistemas de previdência: “Sua excelência mente. Mente descaradamente. Se tivesse um mínimo de honestidade se omitiria de abordar essa questão já que, em seu plano de governo não cabe o conhecimento das verdadeiras razões da crise dos Estados. Não podendo dizer a verdade, que nada dissesse a respeito.Mas ele não resistiu, mentiu duplamente. Primeiro com uma avaliação falsa da situação financeira dos Estados e segundo, usando descrição falsa como elemento de comparação com a situação federal, que justificaria a reforma da Previdência”. A crise dos estados, na avaliação de Assis está diretamente relacionada ao estrangulamento financeiro provocado pela dívida junto ao Govrno Federal, que lhes foi imposta em 1997, em condições consideradas por ele de draconianas. A dívida ,então, totalizava à época R$ 111 bilhõe

Na BBC, Gilmar diz que “caixa 2 ” é opção da empresa e diferente, se é para a oposição

Fernando Brito (Blog Tijolaço) O superministro e “amigão” de Michel Temer cria, hoje, em entrevista,  uma inédita divisão  conceitual sobre o “Caixa 2” a políticos. Diferente daquela que Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves tinham criado, legitimando o dinheiro que vinha para a campanha política e não para o enriquecimento pessoal. Agora é o “caixa 2 da situação” e o “caixa 2 da oposição”. Aquele, claro, abominável, enquanto este é compreensível. Mendes fez distinção entre as acusações de que ambas as principais chapas concorrentes na eleição de 2014 (a de Dilma Rousseff e a de Aécio Neves) tenham recebido caixa 2. Segundo Mendes, a candidata governista tinha necessariamente mais condições de atrair recursos. “Por que um candidato de oposição vai pedir recurso no caixa 2? Isso talvez tenha mais lógica para a estratégia de quem doa. ‘Ah, eu quero doar no caixa 2 para não ser conhecido, para não ser pressionado'”, afirmou, minimizando eventuais irregularidades da c

Reformas de Temer deixam o trabalhador com a bunda na mira da bota

O Consenso de Washington se arde de inveja da equipe econômica do governo brasileiro. Henrique Meireles está dando uma verdadeira aula de como montar sacos de maldades e acabar com um país. Reunido ontem com tal “Conselhão” ele apresentou uma pauta que diz ser de retomada do crescimento. Para isso é preciso desmontar o estado social e jogar na lata de lixo todos os projetos inclusivos que foram implementado nos últimos 14 anos.  Lembre-se que o desmonte já começou em 2016 com a PEC 95, que impôs o teto dos gastos, aprovada a toque de caixa pelo Congresso Nacional. Na esteira dessa PEC, já incorporada à Constituição, vem agora o projeto de reforma da Previdência, adredemente  preparado com  o objetivo claro de excluir  milhões de brasileiros do sistema e abrir caminho para que os planos de previdência privada nadem de braçada. O presidente Temer tem externado sua intenção até, pasmem, de reduzir benefícios de viúvas que recebem pensão pela morte do cônjuge. Mas a sociedad

Adeus, amigo Sanches

Foto: Blog do Rigon José Sanches Filho, pode se dizer assim, foi o pai da propaganda no rádio e na TV de Maringá. Na cidade desde 1953, aqui ele fundou a Publimar e depois Atual Publicidade, onde produziu campanhas publicitárias memoráveis, como as da Casa Kacim e da Casas Jaraguá, do “Compadre Frederico”. Recentemente lançou um livro autobiográfico contando sua história, que é na verdade um documento histórico importante, a ser consultado por todos quantos se dispuserem a escrever a história de Maringá. Sanches foi diretor comercial da TV Cultura , proprietário da Rádio Guairacá de Mandaguari e, junto com Joaquim Dutra , ajudou a fundar o O Diário. Ele faleceu neste sábado , vítima de infarto, em sua residência na Rua Vaz Caminha. O  corpo está sendo velado no Cemitério Park.

Prepare seu coração, pra história que eu vou contar...

Na década de 1990, exatos US 124 bilhões saíram do Brasil e foram levados para uma agência do Banestado em New York, no que se convencionou chamar contas CC5. O presidente da república chamava-se Fernando Henrique Cardoso; o principal doleiro envolvido nas operações cambiais do esquema criminoso era Alberto Youssef e o juiz do processo, ele mesmo, Sérgio Moro. O procurador Celso Três e o delegado José Castilho Neto  comandaram as investigações, numa operação denominada pela Polícia Federal de “Operação Macuco “ . Os 124 bilhões de dólares superavam e muito as reservas cambiais do país. O delegado e o procurador foram longe: por meio de uma parceria com o FBI levantaram nomes, endereços, identidades e digitais dos principais envolvidos, tudo gente graúda. E o que aconteceu com a Operação Macuco? Alguém foi preso, apesar de tantas provas ? Veja este vídeo, de um programa de entrevistas que Boris Casoy mantinha na Record , que você vai entender direitinho o que realmente aconteceu com o

Nóis é nóis...

Quando se fala em governo federal e presidência da república, R$ 24.15,68 é nada. Menos até que dinheiro de pinga como se diz nos botecos da vida. Mas esse gasto absolutamente desnecessário para fazer uma reforma descabida no Palácio da Alvorada, soa como afronta à situação de calamidade financeira que vive a esmagadora maioria das famílias brasileiras. Até que se o casal Temer-Marcela fosse mesmo morar na residência oficial do presidente, tudo bem, seria compr eensível a exigência da primeira dama. Mas a esposa de Michel Temer reformou, fez do jeito que queria, sob alegação que era para proteger Michelzinho dos riscos de acidentes domésticos. Bem, também compreensível até essa altura. O que caracteriza a afronta, o desrespeito com o dinheiro do contribuinte, foi o fato de em poucos dias, a primeira dama dizer que não lhe agradara aquele palácio e que preferia voltar para o da vice, o Jaburu. Dizia a minha avó que dinheiro faz cócegas, dinheiro dos outros, quando os outros não s

A guerra que nos envergonha. Principalmente pela covardia

O amigo e grande jornalista Montezuma Cruz lembra que hoje, exatamente hoje , faz 147 anos da Batalha de Cerro Corá quando a TríplIce Aliança (Brasil , Uruguai e Argentina) matou Solano Lopes, marcando o fim da Guerra do Paraguai. Nesse confronto, eram 4.500 soldados aliados contra 450 paraguaios.  Segundo o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, falecido em 2015, esta guerra é uma mancha na história dos três países que compuseram a Tríplice Aliança, pois ela marcou a desunião no continente, que poderia ter seguido outro rumo caso Brasil, Uruguai e Argentina não tivessem se juntado para destruir o Paraguai, atendendo a interesses da Inglaterra, a potência hegemônica de então. Vale lembrar que em 1840 o Paraguai era uma potência na América do Sul. Com uma produção agrícola auto-suficiente e sem dívida externa e sem escravidão, o país presidido por Francisco Solano Lopes não tinha analfabetos. E justamente por ser um país independente das nações europeias, o Paraguai

CPI da Previdência vai sair

O senador Paulo Paim conseguiu o número mínimo de assinaturas para a CPI da Previdência. Agora o bicho vai pegar.

A deformação de uma reforma deformada

Uma vez Globo, sempre Globo

Muitos analistas e telespectadores atentos amanheceram esta quarta-feira de cinzas se perguntando: “que diabo aconteceu com a Globo que ontem escancarou no Jornal Nacional o “fora Temer” predominante  no carnaval em todo o país?”. Nada demais, a Globo não surpreende, porque é repetitiva em momentos de virada como este. Lembremos que nas “Direta Já”  a Rede Globo de Televisão só aderiu a campanha quando viu que ela era irreversível. O mesmo aconteceu no episódio do impeachment de Collor. Esse tipo de cobertura tardia só não ocorre quando os fatos envolvem setores hostis ao establishment. Aí o sistema de comunicação dos Marinho sai na frente, como ocorreu no episódio do impeachment de Dilma Roussef e ocorre agora com o processo de fritura da candidatura Lula da Silva. O “fora Temer” que ocupou um espaço razoável no principal telejornal da Rede Globo ontem à noite é indício forte de que a família  Marinho quer  pressionar o presidente para que ele apresse o passo das reformas pr

O círculo vicioso que impede o virtuoso

Governo celebra a queda da inflação e as condições para a reduçãod a taxa básica de juros. Há um entusiasmo indisfarçável do mercado com esses indicadores, que poderiam ser  apelidados de “biquinis” – por mostrar tudo e esconder o essencial. O essencial é o desemprego que bate na casa dos 13% e a perda brutal da capacidade de consumo da população, inclusive da classe média. De acordo com pesquisa da Pulso Brasil , contratada pela própria Fiesp , a do patinho amarelo,  31% das famílias estão endividadas e consumindo só o estritamente necessário à sobrevivência. Sem consumo, a indústria não fabrica porque o comércio não tem pra quem vender. É o circulo  vicioso que avança, enquanto o ajuste fiscal e as reformas predatórias do governo TEMERário do TEMERoso Michel, impede a retomada do círculo virtuoso.

Governo escancara. O Brasil está a venda

Entenda porque a pressa do governo Temer em abrir a porteira para o capital estrangeiro se apossar de terras brasileiras Por Sérgio Palhano (blog do Luis Nassif) Lavagem está sendo institucionalizada, com manobra de fundos e pressa de oficializar compra e venda de ativos em 30 dias Sensacional! Agora teremos a lavagem de dinheiro institucionalizada pelo governo com a abertura para compra de terras por estrangeiros. Está explicada a pressa de Meireles em oficializar mecanismos de vendas de ativos em 30 dias, conforme anunciado recentemente. Fundos de investimento espalhados pelo mundo controlando Offshore em paraíso fiscal que detém o controle de empresa nacional, cujo objetivo é comprar e vender ativos imobiliários e exploração de atividade agrícola ou extrativista. Trocando em miúdos pega-se o caixa 2, o dinheiro de drogas, trafico de armas etc, converte-se em dólares através de doleiro, compra-se cotas de investimentos em fundos nos paraísos fiscais e no dia seguinte

Requião desanca a política de ajuste fiscal adotada no Brasil

Privatizar para melhorar a eficiência é pura falácia

“Privatizar é um dos caminhos para a eficiência de serviços que devem ser públicos mas o estado não dá conta”. Esse é um dos argumentos dos privatistas, daqueles que se puderem privatizam tudo – da coleta de lixo à saúde; da cobrança de tributos à educação. O colunista da BBC Brasil Tim Vickery desmistifica esse discurso chinfrim (e desonesto) , pegando como exemplo a saúde: “Na Grã-Bretanha, gasta-se 9,1% do PIB com saúde. Nos Estados Unidos, são 17,1% e  subindo. Mesmo assim, na semana passada, quando a minha mãe sofreu um pequeno derrame, fiquei bem feliz que ela é inglesa e não americana. Ela foi bem e rapidamente tratada no hospital, e a recuperação está sendo acompanhada por uma equipe de especialistas que visitam a sua casa - sem que ela desembolse um centavo por tudo isso. Claro que nada vem de graça. Alguém tem que pagar. Mas, por enquanto (já que isso é uma outra história), o país goza de um sistema socializado, financiado principalmente mediante impostos e sem cobranças

Terrorismo midiático para oxigenar a PTfobia

É muito interessante a análise que faz em vídeo divulgado no Youtube, o  engenheiro eletricista  Leonardo Stoppa, pós-graduado em geração e transmissão de energia. Segundo ele, o  governo Dilma construiu um sistema de interligação nacional na transmissão de energia. Para isso, buscou a parceria das companhias distribuidoras, entre elas a nossa Copel. Como o governo federal teve que recorrer às termoelétricas, que produz um megawatt muito, mas muito mais caro do que o da hidrelétrica, a presidente decidiu subsidiar a tarifa, para o consumo domiciliar e também para as empresas. O que houve foi que em virtude da crise o consumo caiu e as companhias, que tinham entrado como parceiras no ousado projeto, resolveram agora, buscar na justiça uma indenização pelos prejuízos que alegam terem sofrido. O governo Temer, claro, defende (e incentiva) o pagamento, porque isso satisfaz uma estratégia do seu governo,  de jogar a sociedade contra a ex-presidente, a partir do momento em que colocar a