Muitos analistas e
telespectadores atentos amanheceram esta quarta-feira de cinzas se perguntando:
“que diabo aconteceu com a Globo que ontem escancarou no Jornal Nacional o “fora
Temer” predominante no carnaval em todo
o país?”. Nada demais, a Globo não surpreende, porque é repetitiva em momentos
de virada como este. Lembremos que nas “Direta Já” a Rede Globo de Televisão só aderiu a campanha
quando viu que ela era irreversível. O mesmo aconteceu no episódio do
impeachment de Collor. Esse tipo de cobertura tardia só não ocorre quando os
fatos envolvem setores hostis ao establishment. Aí o sistema de comunicação dos
Marinho sai na frente, como ocorreu no episódio do impeachment de Dilma Roussef
e ocorre agora com o processo de fritura da candidatura Lula da Silva.
O “fora Temer” que
ocupou um espaço razoável no principal telejornal da Rede Globo ontem à noite é
indício forte de que a família Marinho
quer pressionar o presidente para que
ele apresse o passo das reformas previdenciária e trabalhista. Mas tem outra hipótese plausível: a de que o grupo
chegou finalmente à conclusão de que é hora de tirar o presidente, porque desse
mato não sai coelho. Se Temer se mostrar competente na tarefa de proteger os
rentistas e retirar direitos trabalhistas e previdenciários, abrindo caminho
para o agigantamento da previdência privada, pode ser que Ali Kamel receba
orientações para pegar leve. Caso contrário, Michel Temer já tem seu caminho
traçado: o lixo da história.
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