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A lição definitiva de um grande estadista

  Depois de me tornar presidente, pedi à minha escolta para almoçar num restaurante. Nós sentamos e cada um de nós pediu o que quis. Na mesa da frente, estava um homem esperando ser atendido. Quando foi servido, eu disse a um dos meus soldados: vá pedir a esse senhor que se junte a nós. O soldado foi e lhe transmitiu meu convite. O homem levantou-se, pegou no seu prato e sentou-se bem ao meu lado. Enquanto comia as suas mãos tremiam constantemente e não levantava a cabeça de sua comida. Quando terminamos, despediu-se de mim sem apenas olhar para mim, apertei-lhe a mão e ele foi embora. O soldado me comentou: - Madiva, aquele homem devia estar muito doente, pois as mãos dele não paravam de tremer enquanto comia. - Não, de jeito nenhum! A razão do seu tremor é outra. Então eu disse-lhes: - Aquele homem era o guardião da prisão onde eu estava. Depois que ele me torturava, eu gritava e chorava pedindo um pouco de água e ele vinha me humilhava, ria de mim e ao invés de me dar água, mijava

Sem empáfia e sem rancor

  Surpreendeu a alguns analistas políticos a serenidade de Lula numa entrevista coletiva concedida esta semana em Brasília, porém sem nenhum destaque da mídia tradicional. A surpresa está no fato de que, estando na dianteira em todas as pesquisas, com possibilidade de vencer as eleições do ano que vem no primeiro turno, Lula não demonstra empáfia e nem rancor pelos 580 dias em que ficou preso injustamente e pela humilhação que passou desde que Sérgio Moro e Dallagnol cruzaram seu caminho. O ex-presidente parece focado em um projeto de salvação nacional, após o ambiente de terra arrasada que Bolsonaro vem aprofundando. Sem pretender se colocar como salvador da pátria, Lula se mostra disposto a dialogar com toda a sociedade, mesmo com a elite empresarial, que foi muito beneficiada no seu governo e hoje quer vê-lo pelas costas.

O problema está na incompetência do presidente

  Ouvi agora de manhã na CBN uma fala do economista Henrique Meireles (ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da Economia e atual Secretário da Fazenda de São Paulo) sobre dois temas do momento: o câmbio e os preços dos combustíveis. Segundo ele, não há justificativa econômica para que o dólar esteja no patamar atual. Isso porque o Brasil é um exportador de comanditeis e as comanditeis estão supervalorizadas no momento. Significa que está entrando muito dólar no país. O que faz com que a moeda americana suba tanto são fatores políticos, puxados pela instabilidade institucional provocada pelo presidente Bolsonaro, que chega ao absurdo de aventar a hipótese de dar calote nos precatórios”.Como se pode notar pela fala do exériente Meireles, o problema é de incompetência mesmo.

Lira potencializa a farsa bolsonarista sobre os preços dos combustíveis

  Com exceção de três ou quatro, os governadores se calaram quando o presidente da república culpou os estados pela alta dos preços dos combustíveis. Disse ele que a gasolina, o diesel e o etanol estavam sofrendo reajustes constantes por conta do ICMs,   o imposto que é de responsabilidade do ente federativo estado. Foi uma mentira deslavada de Bolsonaro, porque os preços nas bombas é culpa da política absurda e criminosa da Petrobras, que atrela seus preços às cotações internacionais do petróleo e ao dolar.   Agora vem Arthur Lira com esta mesma conversa fiada, como se o povo brasileiro fosse idiota. Está propondo mexer na alíquota do ICMs para baixar os preços. Enfim, um número maior de governadores está reagindo e a proposta do presidente da Câmara , líder do centrão, vem provocando reações contrárias no Congresso Nacional. É estranho que os veículos de comunicação não põem o dedo nessa ferida. Para proteger a política econômica de Guedes,   o “Paulo   Paraíso Fiscal”,   jornalõ

Que o eleitor tenha o discernimento necessário para evitar o prolongamento da tragédia

Faltam líderes políticos que tenham leitura correta da conjuntura, que hoje está mediocrizada pelo discurso belicista e criminoso de Bolsonaro. Faltam lideranças na oposição, que consigam atrair o país para uma discussão séria de um projeto de Brasil, evitando que 2022 seja mais um ano do “nós contra eles”. Não há no horizonte, pelo menos por enquanto, um nome que possa encarnar a tal terceira via, e que dê à disputa do ano que vem uma outra alternativa ao eleitor que não queira Bolsonaro e resista a Lula. Alguns nomes interessantes   surgiram na CPI da pandemia, mas não creio que tenham tempo e espaço para se cacifar. Eu apostava em Ciro Gomes como alternativa interessante. Mas tragado pelo descontrole emocional e afogado na própria saliva, Ciro perdeu o bonde da história. Dificilmente teremos uma alternativa melhor que Lula.  

O negacionismo também leva a isso

  O Paulo Pupim faz em seu blog uma observação interessante sobre a destruição das tendas montadas no eeriporto de Maringá para Bolsonaro: “Talvez se a organização tivesse consultado o serviço meteorológico não teria se dado ao trabalho de montar as tendas levadas ao chão pelo vento no aeroporto horas antes da cerimônia. Alguns dirão, e com razão: mas se eles são negacionistas também não acreditariam na previsão do tempo”.    

O Brasil não aguenta o exterminador do futuro por muito mais tempo,não

  O governo criminoso de Bolsonaro afrouxou de tal forma a fiscalização, que a devastação tomou conta da Amazônia, paraíso do contrabando de madeira e da agricultura e pecuária predatórias. O resultado é a tragédia anunciada, conforme estudo feito por pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade de São Paulo (USP). Reportagem da agência Reuters, assinada pela jornalista Alessandra Paraguassu, destaca a pesquisa e o quadro assustador que ela projeta: "O regime de chuva colapsa de tal forma que chega a reduzir em 80% o regime de chuvas no centro da Amazônia. E no centro-oeste, que também é diretamente afetado, a redução das chuvas chega a 50%", disse à Reuters Paulo Nobre, pesquisador do Inpe e um dos autores do estudo. "No calor e o solo seco sem chuva, o efeito de amplificação térmica é enorme." Tudo é consequência do desmatamento em larga escala na Amazônia, somado ao aquecimento global

Todos pela democracia

  Ex-ministros de diferentes ideologias estão preocupados com o andamento do golpe, que Bolsonaro continua articulando, apesar daquela carta que Temer escreveu pra ele assinar e ler em sua live. As ameaças são reais, a democracia continua em risco. Por isso, vários líderes que ocuparam cargos de relevância na   área de direitos humanos em governos anteriores, se uniram para lançar nesta sexta-feira uma ação conjunta de defesa da democracia. Entre eles estão Paulo Vanucci (Governo FHC), Rogério Sottili (Governo Dilma) e José Gregório, referência na defesa dos direitos humanos em vários períodos e Paulo Sergio Pinheiro, com destacada atuação na ONU.  

O Bolsonaro que o Brasil não conhece. Esse é mesmo de arrepiar

  “Se o Bolsonaro que o Brasil conhece diante das câmaras já é de arrepiar os cabelos, imagina como seria seu lado ‘B’. É o que revelou o repórter Paulo Campelli, do Globo. Campelli teve acesso a mensagens enviadas pelo mandatário a seus contatos de WhatsApp nos últimos dias. Um festival de notícias falsas sobre vacinação de jovens, vídeo elogiando o ditador chileno Augusto Pinochet, piadas preconceituosas e homofóbicas, ataques a adversários e, não poderia deixar de ser, um interminável arsenal de sua já conhecida sanha anticomunista”. . José Cassio (DCM)  

A dupla "Coração do Brasil"

  O Véio da Havan, que foi na CPI vestido de Loro José, jurou pelo seu último fio de cabelo que ele e sua "Ana Maria Braga" são homens honrados.

Jogar xadrez com pombo...

  Sabe aquela estorinha do pombo? É verdade: se você jogar xadrez com um, ele vai   derrubar as peças, cagar no tabuleiro e sair de peito estufado. Ontem tentei convencer um bolsonarista de que ele está completamente equivocado com relação ao mito. Relatei fatos concretos e sugeri que ele recorresse ao Youtube para ver (ou rever) vídeos em que Bolsonaro escandaliza com o monte de merda que fala todos os dias. Ele se irritou, cagou regra, esculhambou o Lula, que nem era objeto da conversa, e saiu de peito estufado. Jogo apenas pro gasto,   sou pato no tabuleiro, porém   adoro brincar um pouco de xadrez.   Mas, sinceramente, com pombo não dá.

Quem viver, verá

  Uma condenação no Tribunal Internacional Penal   (a corte de Haia) não significa prisão de Bolsonaro enquanto ele for presidente do Brasil, onde as instituições, Congresso Nacional à frente, passam pano sobre o rosário de crimes por ele cometido. Mas é bom saber que , de acordo com o Estatuto de Roma, crime de genocídio não prescreve e o Tribunal tem poderes para decretar prisão de criminosos a qualquer tempo. Não se iludam os bolsonaristas: se o PGR borra botas Augusto Aras não cumprir seu dever constitucional ao receber o relatório da CPI da Covid, não significa que Bolsonaro estará livre da cadeia. Mais dia, menos dia, ele acabará passando a caneca na grade. Quem viver, verá

Fim de linha?

  Ano que vem o Senado terá renovação de um terço. Uma vaga para cada estado. O mandato que chega ao fim é o do Álvaro Dias. Vai tentar renovar? Acredito que sim, mas não creio que consiga. Passou da hora de voltar pra casa, né?

A consciência crítica como passaporte para a liberdade

    O fundamental da prática docente é absorver e potencializar a consciência crítica. Para além dos conteúdos que transmite, cabe ao professor também ensinar a pensar certo, com a percepção clara de que nunca podemos estar demasiadamente certos das nossas certezas. Isso é Paulo Freire, um dos maiores educadores do mundo em todos os tempos, que completaria 100 anos neste domingo. O pernambucano do Recife é um dos recordistas de   títulos de doutor honoris causa, honraria conferida a poucos por universidades do mundo a fora. Chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz   na década de 1990 e em 2012 tornou-se Patrono da Educação Brasileira, título que o governo Bolsonaro vem tentando cassar desde que   Abraham Weitraub foi guindado ao posto de Ministro da Educação. Freire é eterno, irremovível da memória nacional e referencia maior de um Brasil que teria dado muito certo, tivéssemos   conseguido preservar a nossa democracia e mantido aqui cérebros como Freire, Darci Ribeiro, Milt

Adélio era do PSD e não do Psol

  Bolsonaro sempre tentou relacionar a facada à esquerda, dizendo que Adélio Bispo era do Psol. Mas no documentário que acaba de lançar, o jornalista Joaquim de Carvalho prova, documentalmente, que Adélio era do PSD e começou a criticar o então candidato Jair Bolsonaro depois de estar com Carlos Bolsonaro num clube de tiro, em Santa Catarina. Adélio , como prova o jornalista, “sempre foi um defensor das ideias de direita antes do encontro no clube de tiro, quando passa a atacar Bolsonaro sistematicamente, como que “vestindo o figurino” de um militante de esquerda”. 

É nitroglicerina pura

  O documentário do jornalista investigativo Joaquim de Carvalho foi lançado ontem à noite pelo portal 247 e já está bombando na internet. Quem tiver a curiosidade de assistir o vídeo na íntegra, ficará convencido de que ali pode não ter havido um atentado, mas um auto atentado.   Começa pelo questionamento que o repórter faz, de que a  Polícia Federal desprezou a hipótese do auto atentado, mesmo existindo pistas muito fortes  de uma possível armação. Armação que pode ter começado a ser tramada dois anos antes, como evidencia essa postagem de Carlos Bolsonaro em seu twitter , em novembro de 2016: “ Silêncio mortal da mídia diante de possível atentado contra a vida de Trump. Com Hillary Clinton seria assim? Será feio aqui também. Estejamos todos preparados”.   Carvalho entrevistou o dono de uma pastelaria em Juiz de Fora, onde colocaram Bolsonaro após a suposta facada. Ele ficou deitado no chão por alguns instantes e depois foi pego pela cabeça e pernas e colocado dentro de um carro da

A Metro-Goldwyn-Mayer apresenta...

  Bolsonaro vociferou, ameaçou, rangeu os dentes, atiçou a manada pra cima do Supremo Tribunal Federal, fez tudo isso daí e depois arregou. Acabou sendo comparado ao leão da Metro - um rugido e o resto é fita.

O conformismo que esmaga

  A medida provisória da nova reforma permitiria trabalho sem férias, 13º salário e FGTS para jovens entre 18 e 29 anos e pessoas com mais de 50 anos. O pretexto seria o de criar novas vagas, facilitar o acesso dessa enorme força de trabalho ao mercado, que dizem formal, mas seria informal. O Senado barrou o monstrengo, mas o desespero de quem está parado é tão grande que de acordo com pesquisa do UOL, a maioria dos jovens aceitaria trabalhar com salários abaixo do mínimo e sem garantia nenhuma. Veja a que ponto o Brasil chegou.

A metáfora das xícaras e a reverência que o Senado acaba de fazer à genialidade de Niemeyer

Em uma palestra sobre a concepção arquitetônica de Oscar Niemeyer para o prédio do Congresso Nacional, eu ouvi durante estágio universitário na Câmara Federal, do qual participei representando a UEM, que aquela xícara emborcada do plenário do Senado  seria uma espécie de abafador da fervura da xícara fumegante que representa o plenário da Câmara. Ontem tive mais uma certeza disso, quando o Senado cumpriu o seu papel de câmara revisora e rejeitou a PEC 1.045/2021, que impunha uma mini-reforma trabalhista  perversa aos  trabalhadores brasileiros. Ao fim e ao cabo, a Proposta de Emenda Constitucional gestada por Paulo Guedes e piorada na Câmara dos Deputados, instituía uma espécie de escravidão branca no país, com uma geração de trabalhadores de segunda classe, sem vínculo empregatício e sem nenhuma proteção da legislação. Enfim,  mais uma  insegurança jurídica criminosa  para quem vive única e exclusivamente do seu labor.