Em 1918 autoridades
sanitárias das cidades portuárias principalmente, alertavam o povo sobre os
riscos de contaminação e pediam desesperadamente para que as pessoas se
cuidassem, procurando ficar em casa porque o vírus da gripe espanhola estava se
alastrando. De 1918 a 1920, foi uma tragédia. Mortos eram empilhados no Rio, em
São Paulo, em Salvador, em Recife.
Muita gente não
botava fé e por isso pouco se cuidava. Até um presidente da republica
recém-eleito (Rodrigues Alves) morreu vítima da tal influenza. Hoje, o Brasil
volta a se apavorar e estar na iminência do empilhamento de corpos em grandes
capitais e também em cidades do interior. Isso já praticamente ocorre em Manaus, São Luis do Maranhão, Belém, em São Paulo. O coronavírus não chegou pelo
mar como a gripe na primeira metade do século 20. Não desembarcou nos portos,
mas nos aeroportos e chegou rapidamente aos guetos.
A pandemia de hoje
tem um agravante: a passividade do governo
federal diante da tragédia e o pouco caso que o presidente da república
faz da doença, que ele desdenha. Faz pior: incentiva a desobediência civil e tenta importo no tratamento da doença um medicamento que a comunidade científica rejeita. Resta-nos
torcer para que prefeitos e governadores não cedam à tentação
de afrouxar suas políticas de distanciamento social antes da hora. E que o próprio povo ignore os maus conselhos do presidente da república e se cuide, porque o bicho é tão feio quanto o pinta a Organização Mundial de Saúde.
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