O tripé que sustenta o péssimo governo
Bolsonaro é formado pelo PP, partido do Lira, do Ciro Nogueira e do Ricardo
Barros; pelo Republicanos – do Edir Macedo e PL, do Valdemar Costa Neto. Aí
está o núcleo duro do Centrão, que reúne mais de 200 parlamentares, os mais
fisiológicos do Congresso Nacional.
Foi pra ter esse tripé ao seu lado que
Bolsonaro criou o Orçamento Secreto e através dele Lira e Ciro Nogueira botaram
pra jambrar o plano de gastança de quase R$ 20 bilhões via emendas do relator.
Parece complicado entender esse jogo, mas
saiba que é nele que está a maior fonte de corrupção do governo mais corrupto da história recente
do Brasil.
Mas a mídia corporativa, que só critica no
varejo, e mesmo os partidos de oposição, que se beneficiando ou não se calam, é
que dão a triste certeza de que tá tudo dominado.
Comentários
É aquilo a que se agarra e só o que tem para propagandear-se: o salvador da “moral” no Brasil, embora sob uma saraivada de evidências de que o “não roubarás” não é exatamente um mandamento em seu governo.
E é justamente o que busca o fariseu Jair Bolsonaro, que pretende se apropriar da imagem de “candidato de Deus”, agora apelando para uma deturpação da Bíblia (Mateus 10, versículo 28: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.”) expresso em seu novo bordão: “nada temeis (sic), nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna.’
Embora não se possa crer que possa ser cristão quem promove o “milagre da multiplicação das pistolas”, é preciso focar no que é o martírio do povo – desemprego, pobreza, fome – e não no que não é ponto de discussão, porque está Constituição, como cláusula pétrea.
Quem não entende isso e aceita discutir eleição como religião (e seus dogmas morais, ainda que com a sabida hipocrisia de muitos) arrisca que o pleito seja levado a se desenhar como uma armadilha.