. George
Bourdoukan
Os árabes não são uma
geração espontânea.
Não surgiram com o
islamismo, judaísmo ou cristianismo.
Eis um resumo:
Historicamente sãos
anteriores a Deus e ao monoteísmo.
São uma diversidade de
povos com uma unidade lingüística.
Descendem dos faraós, dos
fenícios, dos assírios, dos sumérios, dos cananeus, dos babilônios, dos
palestinos e por aí vai.
Do ponto de vista
religioso, são descendentes de Ismael, o primogênito do Patriarca Abraão, que
por sinal era iraquiano da cidade de Ur.
Em seu passado têm
O Primeiro Alfabeto;
O Primeiro Código;
A Primeira Lei;
As Primeiras Navegações;
O Primeiro Dilúvio;
Têm por antepassado
Gilgamesh;
Ramsés;
Nabucodonosor;
Sargão;
Hamurabi;
Talião.
Têm Europa, filha de
Agenor, a quem o continente europeu deve o seu nome;
Têm Ifriq, a quem o
continente africano deve o seu nome;
Têm os ptolomeus, os
seldjuquidas, os romanos e tantos outros que tornam agradável a História aC.
E dC têm os bizantinos, os
cruzados e o islamismo, a mais tolerante das religiões monoteístas. Quem
conhece história sabe disso. Pois enquanto o Ocidente vivia na Idade das
Trevas, o farol árabe-islâmico iluminava a escuridão europeia, a começar pela
terra dos vândalos, que os árabes denominavam de Al-Vandaluzia, depois
Al-Andaluzia - hoje Espanha e Portugal.
Não haveria a Renascença
sem os árabes;
Nem os Grandes
Descobrimentos.
E mais:
O primeiro a pisar em solo
americano foi um muçulmano que acompanhava Cristóvão Colombo;
E no Brasil, a influência
árabe se faz sentir em praticamente todos os setores, a começar pelo idioma.
E foi um árabe muçulmano
que lutou ao lado de Zumbi no Quilombo dos Palmares.
E foram os muçulmanos
Malês que em 1835 realizaram uma grande revolta na Bahia contra a escravidão.
Enfim, é impossível viajar
pela História e pela Cultura sem a companhia dos árabes.
*Este texto eu o escrevi
há alguns anos para a Revista Caros Amigos a pedido do companheiro e saudoso
Sérgio de Souza.
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