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Ele estimula o acirramento do ódio



Os bolsominions andam apelando feio em relação a Lula. São baixarias que até poderiam ser tidas como normais, considerando o clima de radicalização entre os dois extremos, que parecem se agravar a cada dia. Poderiam sim ser normais, mas caso as postagens não estivessem sempre carregadas de preconceito, ignorância e fundamentadas nas mais deslavadas (e criminosas) mentiras.
A coisa como está só acirra o ódio no ambiente de Fla x Flu em que vive o país. Extremos não prestam, dividem a sociedade, afastam parentes, criam inimizades injustificáveis. A crítica política é bem vinda e aceitável. Acho que Lula merece criticas (e muitas críticas), porque escorregou em coisas que não poderia ter escorregado, ainda mais sendo ele, como era quando chegou à presidência, esperança de mudança radical de paradigmas.
Quanto a Bolsonaro, a crítica (recorrente) a ele é política, mas também pessoal, porque , convenhamos, Bolsonaro foge a qualquer padrão ético e moral que se possa imaginar. O problema é que os bolsonaristas não admitem qualquer questionamento ao "mito", pois estão cegos com relação aos mal feitos da família, envolvida até a medula com milícias cariocas.


Comentários

Anônimo disse…
Somos 47 milhões de brasileiros que votaram, de forma convicta, contra tudo aquilo que Bolsonaro representa. E é, justamente, nessa consciência que reside nossa força. Parte do nosso desafio,agora,não é apenas resistir, mas tentar estabelecer uma ponte com aquela parcela da população que, consciente ou inconscientemente,decidiu se auto boicotar.
Irineu disse…
Peça 1 – os discursos do ódio e da solidariedade

Períodos de grandes mudanças provocam uma insegurança generalizada em relação ao futuro. Há insegurança social, econômica e política, e uma necessidade de buscar grupos de afinidade, de autoproteção, uma referência que sirva de âncora em meio à tempestade.

São momentos que tornam as massas suscetíveis a duas espécies de discursos mobilizadores: o da solidariedade e o do ódio.

Nos anos 30, a humanidade foi salva porque, nos Estados Unidos, o New Deal, de Roosevelt, conseguiu mobilizar o melhor da sociedade americana, em um esforço de unir o país pela solidariedade. Na Alemanha Nazista, uniu-se pelo ódio.

Na eleição de Obama, enquanto a direita, aliada a grupos de mídia, se valia de métodos científicos para disseminar o ódio e o preconceito nas redes sociais, a reação surgiu nas próprias redes sociais por grupos de militantes, voluntários, ajudando na vitória de Obama e na derrota do modelo Fox News.

No Brasil, no início das grandes mudanças trazidas pelas redes sociais, os jovens progressistas foram os primeiros a dominar as novas ferramentas de mobilização social. Era a rapaziada que participava do Fórum Social Mundial, que organizou o Movimento do Passe Livre, a fantástica ocupação das escolas secundárias, movimentos pioneiros e históricos de utilização das novas ferramentas digitais para mobilização.

Essa jovem militância digital, semente da renovação política, foi jogada ao mar. A direita os criminalizou; a esquerda tradicional fechou-lhe as portas, pelo receio das lideranças já estabelecidas, de perder o protagonismo político.

Com a esquerda abandonando a jovem militância progressista, a direita passou a ocupar o espaço virtual com movimentos tipo MBL contando com assessoria externa e, principalmente, os Bolsonaro, montando sua rede sob orientação da ultradireita americana.

No final do processo, o Congresso foi invadido por uma legião de YouTubers de direita, enquanto a jovem militância pioneira se recolhia em suas bolhas. A renovação política foi feita por fundamentalistas, pornógrafos e oportunistas de diversos quilates brandindo o discurso do ódio e do preconceito.

Ao mesmo tempo, Igreja Católica e esquerdas abandonavam as periferias, deixando-as expostas a evangélicos fundamentalistas, ao crime organizado, e ao discurso de ódio.

Portanto, foram dois os fatores que, nas últimas eleições, levaram ao predomínio da extrema direita: a completa alienação das pessoas em relação às políticas públicas implementadas, e o controle das redes pela ultradireita fundamentalista. E não foi um fenômeno especificamente brasileiro.
Carlos disse…
Em Maringá o ódio da direita começou com violentos ataques fake ao padre Leo, ao verem o espantoso crescimento da candidatura dele, a direita já começa os fakes news principalmente do grupo fascista MBL.
Anônimo disse…
Gostei do comentário do Irineu, principalmente este:

"Essa jovem militância digital, semente da renovação política, foi jogada ao mar. A direita os criminalizou; a esquerda tradicional fechou-lhe as portas, pelo receio das lideranças já estabelecidas, de perder o protagonismo político."

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