O vice-presidente da Câmara Federal, deputado
Marcelo Ramos (PL-Amazonas), disse que
não falta kit de intubação no país, o que falta é ação do
Ministério da Saúde para sincronizar a produção com a demanda. Resumindo: as
mortes por falta de medicamentos nas
UTIs, bem como por falta de oxigênio nos hospitais, é atribuída à incompetência
criminosa do ex-ministro Pazuelo e seu chefe.
O mais grave ainda é que o presidente da república continua negando a
pandemia e a importância da ciência no combate
ao coronavírus, o que é extremamente grave.
Marcelo Ramos lembra que no caso de Manaus,
Pazuelo voi avisado com antecedência que a cidade viveria uma tragédia por
falto de oxigênio para os pacientes graves poderem respirar e nada vez. A
situação só não foi pior, porque a Venezuela, que faz fronteira e tem ligações
terrestres com a capital do Amaqzonas, mandou toneladas de oxigênio. Na mesma
época, os Estados Unidos e a ONU ofereceram aviões com capacidade de
transportar grandes quantidades de oxigênio e Pazuelo, naturalmente orientado
por Bolsonaro, que já estava bravo com a
derrota do Trump, recusou a oferta. Resumo da ópera: o governo Bolsonaro é o
responsável, sim senhor, pelo genocídio que afeta o Brasil, a partir do
problema de Manaus.
Comentários
Sem receita e até em “promoções” nas farmácias, é possível entupir-se de overdoses das drogas que se sabe que, em alguns casos, irão provocar graves danos à saúde.
As vendas de cloroquina e ivermectina dobram ou quintuplicam.
Mas as pessoas idiotizadas pelos que pregam este “tratamento precoce” testemunham o seu sucesso e fazem com que outras sigam o mesmo charlatanismo.
“Tomei cloroquina e ivermectina e fiquei bom”.
Se tivesse tomado água pura também teria ficado, porque a letalidade da doença é de 2,5% no Brasil. Ou seja, de 100 pessoas que contraem o vírus, 97 se recuperam.
É verdade que estes 2,5% de vítimas fatais são muitos, porque os infectados são 13 milhões e os mortos 312 mil até hoje.
E também é verdade que entre os que tomam remédios fuleiros, menos de 1% terão os efeitos colaterais degradantes que estão levando à morte ou a crises cardíacas, hepáticas ou renais.
Mas como os que recebem estas drogas são centenas de milhares, milhares estes serão.
O presidente da República, o Conselho Federal de Medicina bolsonarista e uma enorme quantidade de médicos que adotaram o fundamentalismo como regra terapêutica agem como “Jim Jones” desta insensatez.
Quando sairmos desta tragédia, será inevitável que as responsabilidades sejam apuradas.
Não para aqueles que acreditaram na mentira evidente, mas para os que a propagaram e, sobretudo, para os que a avalizaram com sua autoridade profissional.