O PT vai levar a candidatura do Lula até 15
de agosto, data limite para registro das chapas de presidente no TSE. Só apartir de então, o Tribimal Superior
Eleitoral vai examinar as condições de elegibilidade (ou inelegibilidade) de Lula
e dos demais concorrentes. O que deverá acontecer é que Lula não passará pelo
filtro daquela corte, que é presidida pelo ministro Luiz Fux. Mas caberá
recursos e aí, Lula continuará candidato, porque a Lei Eleitoral prevê que enquanto
não se esgotar a possibilidade de recorrer, o petista será candidato. Moral da
história: engana-se quem pensa que o Partido dos Trabalhadores está pensando em
plano B.
Essa realidade aumenta as chances de Bolsonaro, que
exatamente por isso vai continuar buscando a polarização com Lula, colocando-se
no outro extremo e, claro, alimentando a PTfobia, que pode ser traduzida nessa
carga irracional de ódio do petista que toma conta do país.
É possível que tenhamos um quadro diferente
quando a campanha começar pra valer? É possível sim, mas aí vai depender do
poder de articulação de Ciro Gomes e da musculatura que ele irá acumular até o
fechamento das convenções. Não é por outra razão que ele está batendo em
Bolsonaro, que é de uma fragilidade discursiva de dar inveja ao Tiririca.
Outro cenário que pode ser favorável ao
pedetista é o da rasteira que Fernando Henrique e Michel Temes tenta passar em
Geraldo Alckmin, que seria substituído na disputa por João Dória. Dória sim, se
identifica imediatamente com a extrema direita e seria, a rigor, o grande adversário
de Bolsonaro. Se ele for candidato, a possibilidade dos dois morrerem abraçados
é muito grande.
Portanto acho, modestamente, que FHC e o
TEMERário MiSHELL prestariam um grande serviço para o Brasil, se defenestrassem
o “picolé de chuchu” e colocassem na
pista o “Mauricinho da Paulicéia” .
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