Um movimento chamado Banquetaço, formado por chefs de cozinha,
nutricionistas, agricultores e membros de vários conselhos municipais de
segurança alimentar, decidiu ir para o enfrentamento contra o “pacote do veneno”,
que por intermédio de lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional, abre
legalmente a porteira para o uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras
brasileiras.
O
que o Banquetaço defende com unhas e dentes é uma alimentação sadia e de
verdade, com base em produtos oriundos da agricultora familiar, feita em cima
de parâmetros da agroecologia. Ou seja, produtos naturais, sem a carga de
veneno que os grandes produtores derramam sobre as lavouras de soja, milho, algodão e
cana de açúcar.
O
alimento que chega à mesa do brasileiro é, em sua maioria, oriundo da agricultura
familiar, que não tem hoje o incentivo que deveria ter. Bem ao contrário do que
se propõe a divulgar com grande estardalhaço da mídia tradicional a Feira SENAR
de Alimentos e Gastronomia, programada para este sábado no Parque Ibirapuera,
em São Paulo.
Diz
o pessoal do Banquetaço que essa feira vai na contra-mão do esforço que se faz
em prol de uma agricultura limpa, na medida em que tenta uma aproximação da
sociedade ao agronegócio, que em nome da produção em escala para exportação, faz lobby pela salvaguardas das culturas
tradicionais , dependente cada vez mais de cargas excessivas de agrotóxicos.
O
movimento critica a realização da Feira SENAR , que “não passa de uma ação, uma
cortina de fumaça, para esconder a política de envenenamento crescente da
agricultura e pecuária, como pretende o setor que promove a iniciativa. Ao
repudiá-la, conclamamos todos os trabalhadores da cadeia alimentar a cerrarem
fileiras contra o pacote do veneno, exigindo a redução do uso dessas
substâncias da morte na alimentação de todos nós”.
Só
pra lembrar, o relator do PL que
facilita a comercialização de pesticidas
foi o deputado maringaense Luiz
Nishimori, elogiado pela bancada ruralista mas muito criticado pelos defensores
da agroecologia.
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