Em 2018 costurou-se
uma aliança PDT-PSB. Mas na última hora
o PSB roeu a corda, pressionado pelo PT, via Lula (ainda na prisão), que ameaçava
implodir a candidatura de Paulo Câmara, em Pernambuco, caso Márcio Lacerda não renunciasse em Minas Gerais
em favor de Pimentel.
As duas
siglas se reaproximaram agora, dispostos
a superar a desconfiança gerada pela puxada
de tapete do Partido Socialista Brasileiro. Vão marchar juntas para 2022,
começando por 2020. Unidos, PDT e PSB formam a maior bancada de esquerda no Congresso Nacional
e reúne cerca de 700 prefeitos e 7.400 vereadores no país. Em número de
mandados nas câmaras municipais , eles superam o PSDB, ficando atrás apenas do
MDB . Portanto, é uma aliança nacional forte, que deve agregar outros partidos
do campo progressista e se viabilizar na disputa presidencial.
É bom
lembrar que Ciro Gomes ficou em terceiro lugar, fazendo 12% dos votos, num
quadro em que o voto útil concentrou a preferencia do eleitorado em Bolsonaro e
Hadad, esvaziando as demais
candidaturas. A polarização Lula-Bolsonaro deve ser reproduzida em 2022, com a repetição das
circunstâncias de 2018, em que Lula foi
candidato sem ser.
O casamento
PDT-PSB está sendo reatado na hora
certa, dentro da máxima popular do “chegar cedo para beber água limpa”. Os dois
partidos têm referencias históricas importantes, que
balizam a relação. Falo de Brizola, líder maior do PDT e Miguel Arraes, o
lendário líder do PSB, que foi , ele
sim, um mito verdadeiro . Até hoje, “Tio Arraia” é reverenciado no Nordeste.
As eleições municipais
desse ano serão importantes para sinalizar o caminho a ser seguido pela
centro-esquerda do país. O PT ainda domina o espectro de esquerda, mas vê
ameaçada sua base, onde estão Psol e PC do B, uma base que não é monolítica e
que pode ter cisões irreparáveis em outubro próximo. Marcelo Freixo, no Rio, já
explicita sua posição a favor de alianças ampliadas para combater a cadela fascista, que está no cio.
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Por isso, estão certos o PSB e PDT de unirem suas forças de modo independente e se apresentarem como alternativa à Política Nacional.