É papel dos
gestores públicos (prefeitos, governadores e o presidente da república) criarem
mecanismos de proteção da sociedade contra a pandemia. E aí devem ser incluídas
políticas públicas de socorro a empregadores que empregam, a trabalhadores que
não podem ficar sem salário , a prestadores de serviço que vivem de bico e a
quem nem de bico dispõe para sobreviver. É isso o que estão fazendo governos de
todos os países mais afetados pela pandemia. No Brasil, o governo central tateia
a crise e anuncia pacotes ridículos de
ajuda à sociedade desprotegida.
Ah, o
problema é dinheiro? Não, não é. Dinheiro tem para suprir todas as necessidades
do povo brasileiro nesse momento de quase catástrofe social. Em estado de
calamidade, o presidente da república pode lançar mão de recursos carimbados, que em situações normais
incorreria em crime de responsabilidade fiscal. O Brasil ainda rem reservas
cambiais de mais de 300 milhões de dólares, que no cambio atual chega a pelo menos
um trilhão e meio de reais; tem uma montanha de dinheiro do FAT, o Fundo de
Assistência ao Trabalhador, que tem servido a vários propósitos, menos o de
socorrer os trabalhadores e tem a dinheirama das loterias . Além disso, em
estado de calamidade o governo não tem nada que ficar pagando juros da dívida
pública, que consome uma verdadeira fortuna do tesouro.
Não precisa
entender de economia e nem de gestão pública para saber que apesar da crise
fiscal, o Brasil tem amplas condições de desenvolver um programa
emergencial (com a rapidez que a
situação exige). O aceno feito pelo ministro Paulo Guedes de disponibilizar R$
200 para quem não tem salário e precisa comer, é uma piada. Esse é apenas um
exemplo da absoluta insensibilidade e falta de competência do presidente
Bolsonaro, que é tão despreparado que
chega ao ponto de brincar com a gravidade da pandemia. Num país sério, ele
seria cassado e preso.
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