Ricardo
Barros mostrou hoje ser um oportunista da pior espécie. Aproveitou a onda
chilena para sugerir um plebiscito no Brasil visando uma nova constituição,
pois que essa, na sua visão, contém mais direitos do que deveres. Só não contaram pra
ele que a Constituição chilena em vigor não foi discutida e nem votada, foi
imposta pelo ditador sanguinário Augusto Pinochet. A do Brasil, ao contrário, é
fruto de uma assembleia nacional constituinte, da qual participaram grandes nomes da política e da inteligência brasileira.
Barros,
na verdade, quis holofotes. Quis também fazer média com o presidente que agora
serve (ele serviu a todos, desde FHC), porque sabe que dar um golpe de estado é
maior desejo de Bolsonaro.
Mas
o tiro de Ricardo Barros saiu pela culatra. Ele esperava afagos no ego mas só
levou porrada. Porradas merecidas, diga-se de passagem, porque a sua fala
revela mais do que desonestidade intelectual, revela pusilanimidade e total
falta de percepção da realidade que o cerca.
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