Por ser um assunto
muito técnico, tratado sempre na linguagem do economês, o teto de gasto não
permite ao brasileiro comum entender o quanto mantê-lo é um falso dilema. O
povo não se dá conta de que, enquanto mutilam orçamentos como os da Educação ,
da Saúde e da Assistência Social, o teto não impõe nenhum limite às despesas
financeiras, ou seja, ao pagamento de juros da dívida pública. Na prática,
significa queda na qualidade do ensino público , piora gradativa do SUS e
desaceleração das políticas compensatórias.
Quando o cidadão comum
estiver numa fila de hospital ou em alguma maca esperando pelo pior; quando ele
ver que a escola do seu filho e do seu neto está caindo pelas tabelas e olhar
para a rua e ver centenas de pessoas dormindo nas calçadas, talvez lhe venha a
lembrança o erro grave que ele cometeu ao cravar 17 na eleição presidencial de
2018. Talvez, porque , anestesiado pelo discurso hipócrita do mentiroso-mor,
ele continue alimentando a ilusão que ajudou a eleger e um salvador da pátria,
que precisa continuar, em nome de Deus, da pátria, da família e da propriedade.
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