Às 11 horas da noite de Seis de novembro de 1889, um grupo de militares se reuniu na casa do tenente-coronel Benjamin Constant, professor de Matemática da Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. O objetivo era tratar dos preparativos para a derrubada da monarquia. Entre eles estava o alferes Joaquim Inácio Batista Cardoso, avô do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na conversa, todos se manifestaram de acordo com o uso das armas para depor o governo monárquico. Combinou-se um plano para agitar os quartéis e estocar armamento para o golpe. A certa altura, Benjamin Constant mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II: – O que devemos fazer do nosso imperador?, perguntou. Mas e se ele resistir?, insistiu Benjamin. – Fuzila-se!, sentenciou Joaquim Inácio. Benjamin assustou-se com tamanho sangue frio: – Oh, o senhor é um sanguinário! Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício muito...