4 votos a favor e
apenas 1 contra por enquanto. Assim, o STF caminha a passos largos para liberar
a execução das tais emendas do relator, sem a devida transparência e sem
critérios de contenção do toma-lá-dá-cá. Na prática, a possível aprovação em plenário
virtual da Suprema Corte do recurso, nada mais seria do que a legalização de
uma excrecência.
Em decisão monocrática
a ministro Rosa Weber havia barrado a execução das emendas, mas depois que o
assunto foi encaminhado para o pleno da corte, ela parece ter mudado de ideia.
Por enquanto, só o ministro Edson Fachin abriu divergência e bateu pesado no
orçamento secreto e principalmente nas chamadas RP-9, que nada mais são do que
a possibilidade da base aliada indicar bilhões de reais aos redutos eleitorais
de deputados e senadores que a compõem.
Se isso não é imoral, o
que mais pode ser? Se não é escancarar a porta da corrupção, do que mais
poderiam ser chamadas as emendas do relator? Para o ministro Fachin, a
aprovação do recurso que tenta dar legalidade a uma coisa ilegal, nada mais é
do que a compra de apoio parlamentar pelo governo Bolsonaro. Enfim, é a
legalização do balcão de negócio em que se transformou a Praça dos Três
Poderes, com o centrão de Arthur Lira embaralhando, cortando o baralho e dando
as cartas. Como diria um certo Boris Casoy, entortando a boca frente às
câmeras: “Isto é uma vergooonha!”.
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