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Nem vermelho, nem rosa choque, simplesmente rosa...

 

A esquerda está voltando na América Latina, não mais por meio de uma onda vermelha, mas surfando em onda rosa. As forças progressistas de centro e até algumas de direita, se convenceram, afinal, de que derrotar Bolsonaro em 2022 é uma questão de civilidade. E isso hoje só seria possível com Lula. E Lula sabe hoje, como sabia em 2002, que uma aliança só com os partidos de esquerda é jogar fora a água da bacia com criança e tudo. Por isso, ele costura a sua chapa com Geraldo Alkmin na vice e a possibilidade de ter ao seu lado até partidos como o PSD de Kassab.

Não, não torça a cara para o arco de alianças que está sendo construído e nem precisa simular ânsia de vômito. Até porque, Lula sabe que se ganhar a eleição sem uma base sólida de sustentação no Congresso Nacional , seu novo governo correrá o risco de se tornar refém do centrão, o bloco parlamentar do toma-lá-dá cá , composto pela turma do “mamãe eu quero mamar...”

 


Comentários

Joao Maria disse…
Corretissima decisão de Lula. Estão completamente erquivocados os contrarios a aliança. A esquerda sozinha nao vencerá eleição nenhuma e se, porventura vencesse, nao governaria. O centrao e os pastores picaretas estão no mesmo barco por interesses puramente no poder e no dinheiro. Basta ver que todos apoiam abertura dos cassinos no Brasil.
Anônimo disse…
Somos todos Lula contra o fascismo, o negacionismo, os milicianos, os fundamentalistas religiosos, os fariseus falsos cristãos, os milicos de pijamas. Somos Lula contra o ódio, o desemprego e a fome.
Décio disse…
Concordo plenamente com você Messias, com o João Maria e com o anônimo, é preciso união para derrotar os picaretas que estão no poder.
Cassio disse…
Neste momento que atravessa o pais estas alianças são importantes, principalmente o Alckmin como vice, com isso Haddad governador de SP, Marcio França vice e Boulos senador.
Esmael de Moraes disse…
Em carta a Celso Furtado, escrevendo nos idos de 1967, Florestan Fernandes observava que “No Brasil, desde a Independência, as reformas liberais sempre precisaram da chancela dos conservadores” (Celso Furtado, Correspondência intelectual). Aduzo que essas reformas, nem sempre modernizantes, sempre implicaram a conciliação com o atraso, impedindo as reformas essenciais, ou descaracterizando seu papel renovador. Porque a conciliação é instrumento que atende aos interesses do bloco dominante. Neste sentido, nossa história é exemplar.

O mestre de A revolução burguesa no Brasil lembra que o rompimento com o estatuto colonial e a instalação da monarquia constitucional, uma transação das elites senhoriais (e a conciliação é sempre uma traficância em que predomina a vontade da casa-grande), se fizeram sem consideração a princípios ou ideias liberais, empenhadas que estavam as forças dominantes na preservação do latifúndio e seus interesses associados, como a defesa da propriedade e da escravidão, irmãs siamesas. Ou seja, o avanço haveria de ser, sempre, mínimo, tão só aquele milímetro necessário para esfriar as tensões, evitando qualquer abalo na arquitetura da organização do poder. Assim, e por tais artes, as “reformas liberais” foram feitas pelos conservadores, como na abolição da escravatura, garantindo-se a classe dominante da preservação do statu quo ante, cuja essência era a intocabilidade do regime de propriedade da terra.

Em 1822 o Brasil colonial se projetou sobre o estado independente, e o latifúndio sobreviveria na República dos plantadores. O poder dominante permanece o mesmo; as alterações, mínimas, superficiais, se operam pela reiteração e pela acomodação, jamais pela ruptura.

O pavor à mudança é o tempero da política de conciliação mediante a qual a classe dominante amarra o embate social no ambiente da casa-grande, que o manipula: “A conciliação empequeneceu muitos líderes e não foi feita para benefício do povo e do país, e sim para defesa de interesses minoritários, já que aparou as divergências pessoais e não solucionou os problemas prático-reais do povo” (José Honório Rodrigues, Conciliação e reforma no Brasil), porque simplesmente o povo não é sujeito-histórico.

As mudanças, traficadas por uma classe dominante aferrada à convicção da continuidade, quase sempre se acrescentam ao passado, raramente o suprimindo.

Nossa história é profundamente conservadora. Fomos dos últimos no processo da independência, o último a abolir a escravidão, a derradeira monarquia. Discutimos a reforma agrária desde pelo menos a frustrada Constituinte de 1823, com o texto de José Bonifácio.
Jorjão disse…
Lula será eleito com 60% dos votos, eu sinto muita pena do Ciro não participar do governo Lula, mas a culpa é dele, gostaria de ver o Ciro ministro do Lula.

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