O que não vai faltar daqui pra frente é análise sobre o personagem Lula, sem dúvida um fenômeno de popularidade mundial. Mas deletem as análises simplistas, até como forma de se contrapor à vulgarização da dialética, sem a qual impossível será compreender o poder de sedução que o ex-metalúrgico exerceu durante oito anos sobre as massas, todas as massas. O economista J. Carlos de Assis, dá o ponta pé da cruzada que cientistas sociais de todos os matizes farão doravante, para dissecar "Lula, o filho da dialética".
" Lula não é e nunca foi um revolucionário que quer fazer a História dar saltos, mas um visionário que quer empurrá-la aos pouco. É a personificação da síntese entre contrários na visão dialética: é a negação da negação, a continuação da política por meio da política. Não o confundam, porém, com o estereótipo do político mineiro tradicional: o político mineiro é um protótipo do príncipe de Lampeduza, que quer mudar para que as coisas continuem como estão. Lula quer efetivamente mudar, e, no seu jeito de fazer composição, arranca compromissos aos poucos, sem ruptura".
. O artigo do professor Carlos de Assis está no portal Carta Maior
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