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O massacre da Vila Cruzeiro

 


Levantamento feito pela OAB do Rio de Janeiro mostrou que muitos dos mortos na chacina da Vila Cruzeiro não tinham envolvimento com o crime. Entre eles, um garoto de 16 anos, morto a facadas e uma mulher , atingida dentro de casa por um tiro de fuzil que segundo o mesmo relatório teria partido de uma arma de fardados. O que se questiona é o seguinte: se houve um confronto e morreram 26, como justificar que nenhum policial ficou ferido? Isso deixa claro que o que houve realmente foi um massacre.

Foi uma chacina mais letal , atrás apenas da ocorrida no Jacarezinho, quando morreram 27 em 2021. Na época, o presidente Bolsonaro aplaudiu a carnificina e parabenizou os autores dos crimes. Foi na verdade, um sinal verde dado pelo presidente da república para que as forças de segurança matassem mais. E isso acabou acontecendo, como foi o caso agora da Vila Cruzeiro e do assassinato covarde de Genivaldo, no Sergipe.

Agora digam : é possível dissociar esses crimes todos do bolsonarismo? É claro que a violência policial é recorrente e não surgiu no governo Bolsonaro. Mas é claro  também que o presidente, com seu discurso belicista, racista e homofóbico, tem exercido muita influência em policiais despreparados, que matam por imprudência, imperícia e também por gosto. Isso sim, é uma grande tragédia.

 

 


Comentários

Carlos disse…
Perfeito Messias, você disse tudo!
Irineu disse…
O aparelho repressivo estatal não tem interesse de enfrentar o tráfico e as milícias para não perder lucros advindos da tolerância às atividades criminosas nas favelas.

As armas de uso exclusivo das Forças Armadas, ostentadas pelos criminosos (no atacado e no varejo de drogas) não caem do céu. Muito provavelmente são fornecidas por aqueles que se beneficiam do comércio de drogas.

Está mais do que na hora de deixarmos farsas inúteis. Essa megaoperações criminosas que resultam em chacinas não têm valor como repressão ao tráfico.

Simplesmente são manobras para desviar o foco da sociedade da corrupção, que alimenta integrantes de forças policiais e de aparelhos do Estado no Brasil.

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