A sombra de Gustavo Bebiano continua rondando o Palácio da Alvorada e
sempre mandando o mesmo recado: “Tenho a chave do armário onde tu escondes um
monte de esqueletos”!
Bebiano foi braço direito da campanha vitoriosa de 2018 mas uma vez num
cargo de primeiro escalão , achou que poderia articular o apoio da Globo para
um governo que já estava nos braços da Record, do bispo Macedo. A insistência o
indispôs com o clã e ele acabou enxotado do Palácio do Planalto. Mas
Bebiano guardava a sete chaves um
celular com mensagens comprometedoras, que segundo ele poderiam fazer tremer a
Praça dos Três Poderes. Acabou morrendo, dizem que de infarto , mas até hoje o
mistério ronda a morte do ex-fiel escudeiro do mito.
Outro elemento de proa na campanha de Bolsonaro a presidente foi o
empresário Paulo Marinho, que sabe tudo de Bebiano e pelo que deixa
transparecer, conhece o paradeiro do tal celular. Por isso , quando Bolsonaro
teve aquele entrevero com o seu filho no programa Pânico, Marinho mandou um
recado direto: “Lembra de Bebiano? Quando estiver chorando no banheiro, capitão,
saiba que Bebiano não o esqueceu”.
Marinho está novamente calado, mas há um grupo de amigos que o pressiona
a encontrar o celular misterioso e revelar o que há de tão explosivo nas
mensagens de whatsApp nele armazenadas. Isso vem tirando o sono do mito, que
pelo jeito não consegue mais relaxar, nem quando oferece cloroquina para aquela
simpática ema que habita a Casa de Vidro.
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Depois, o porteiro mudou o depoimento. Afirmou que havia anotado errado no registro do condomínio a casa para onde Élcio de Queiroz estava indo, marcando a de número 58 (do presidente) no lugar da 66 (de Ronnie). Disse à Polícia Federal que para compensar o erro escrito inventou a história da ligação para o "seu Jair".
Em 30 de outubro de 2019, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República que investigassem o porteiro após o depoimento que ele deu à Polícia Civil. A oposição no Congresso e juristas avaliaram que ele estava usando seu cargo para o benefício do presidente da República no que foi considerado uma intimidação da testemunha de um caso sob investigação.