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O fracasso retumbante da diplomacia americana

 

Desde a anexação da Crimeia em 2014 Putin vinha dizendo o que faria com a Ucrânia, caso kiev continuasse flertando com a OTAN. E a OTAN continuou se expandindo pelo Leste Europeu. O presidente Russo, que nunca engoliu o esfarelamento da União Soviética, manteve sua obsessão bélica, fortalecendo o poderio militar do Kremlin, sem se preocupar muito com a economia.

O mundo se espanta agora com a determinação de Putin e com a reação tímida da Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos Estados Unidos, cuja diplomacia experimenta um fracasso retumbante.

Putin, feito um urso feroz, deu um urro que assustou a Casa Branca e deixou o mundo em estado de tensão, como nunca se via desde a II Guerra. Nem no auge da guerra fria, quando União Soviética e os Estados Unidos mediam forças, exibindo o poder destruidor de suas ogivas nucleares, o mundo correu tanto risco.

A situação é crítica e Putin dá sinais de que pode ir além da Ucrânia, representando uma ameaça real inclusive para a Polônia.

A Europa está apavorada, o mundo vive um cagadaço, porque nem o mais qualificado dos analistas da geopolítica internacional é capaz de prever o que passa neste momento pela cabeça do ex-agente da KGB.

 


Comentários

João Carlos Bacelar disse…
A Rússia deve usar seu "rolo compressor" e varrer completamente os ucronazi do poder, desmantelando completamente instalações e bases militares que os EEUU e a OTAN estavam implantando lá na Ucrânia. O combate e aniquilamento dos mercenários treinados pela Grá-Bretanha e pelos e EUU, oficialmente ou de forma terceirizada (BlackWater) tem de ser rápido, impiedoso. A esquerda namastê-identitária-lacradora(neo)liberal-colonizada-bidenista tem se mostrado analfabeta histórica e geopolítica de pai e mãe, mesmo que seus "militontos" ostentem diplomas e títulos acadêmicos.
Wilson disse…
Vladimir Putin é, sim, um estadista. Mais do que isso: ele já demonstrou diversas vezes que conhece muito bem a história da Rússia, da URSS e das repúblicas que, voluntariamente ou à força, compuseram o bloco soviético. Putin não precisa de discursos escritos ou teleprompter para expressar seus conhecimentos de História, Geopolítica e da Arte da Guerra. Tendo sido oficial da KGB ele conhece os intestinos das agências de inteligência, contra-inteligência, espionagem, táticas e estratégias de agentes duplos e de neutralização dos inimigos.

Não é a Rússia, mas a OTAN, que vem, desde os anos 1990s fazendo todo tipo de pressão, chantagem e ameaças à Rússia, Quem se interessa por História e Geopolítica sabe muito bem que o objetivo da OTAN (leia-se EEUU, que de fato mandam nessa organização militar que mantêm a Europa ocupada e subjugada desde 1945) era e continua sendo não só desintegrar a Federação Russa, promovendo ciões e separatismos entre as regiões, de modo que possam se locupletar das riquezas naturais desse País, bem como impedir que haja qualquer outro na face da Terra com poderio militar ou econômico capaz de fazer frente a eles, do império estadunidense. Portanto não convence os cidadãos alfabetizados histórica e geopoliticamente essas versões mentirosas, manipuladas e distorcidas divulgadas pela mídia OTAN,

A aliança sino-russa deixa claro que o mundo monopolar, com apenas os EEUU ditando o que os outros países podem ou devem fazer, chegou ao fim. A Ucrânia, invenção de Lênin que só existe graças à Rússia, como Vladimir Putin deixou claro no seu discurso de reconhecimento das repúblicas de Lughansk e Donetsk, assim como outras ex-repúblicas soviéticas, vêm sendo usada como "cabeça-de-ponte" pelos EEUU e pela OTAN há mais de duas décadas, para promover um cerco à Rússia e, finalmente, atacá-la militarmente, sem possibilidade de reação. Os nazistas de hoje na Ucrânia são apoiados econômica e militarmente pelos EEUU e pela Grã--Bretanha, recebendo treinamento militar, inclusive para provocar atentados como os de Odessa, matando mais de 40 pessoas, que foram queimadas vivas na sede de um sindicato. Assim como treinaram torturadores militares na América Latina nas décadas de 1960 e 1970, os EEUU e a Grâ-Bretanha fazem o mesmo como s ucronazi de hoje. Não posso terminar este comentário sem registrar que EEUU e Grã-Bretanha (além das oligarquias capitalistas deles e de outros países europeus ocidentais) foram os principais apoiadores e financiadores do fascismo italiano e do nazismo alemão nas décadas de 1920 e 1930, pois os inimigos a serem combatidos eram o comunismo e a URSS. Mas o falseamento da História chegou a tal ponto que boa parte dos europeus nascidos na década de 1940 e depois acreditam que foram os "aliados ocidentais" que derrotaram a Itália de Mussolini e a Alemanha de Hitler, ocupando Berlim. Mas foi o exército soviético que realizou ambos feitos históricos.
Carlos disse…
Por que o Ocidente não foi solidário com Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, como está sendo com a Ucrânia?
Jorjão disse…
Quem diria que eleger um outsider de direita em uma das regiões mais problemáticas do mundo, que exige extrema habilidade política, poderia levar a uma guerra?

A sorte do Brasil é sua localização geográfica, porque o nível de idiotice é ainda pior.

Os EUA falando mal de quem invade país alheio foi a piada da madrugada.
A Rússia não é mais a URSS, mas os Estados Unidos continuam os mesmos de sempre: com governantes que estimulam conflitos militares em território alheio para se beneficiar internamente. Azar da Ucrânia que caiu no golpe do Biden.

Muitos dos brasileiros chocados com a invasão da Rússia na Ucrânia pediam para EUA de Trump invadir a Venezuela ainda ontem. Pois é…

A OTAN é uma aliança em busca de um inimigo" . Pra vender armas, neoliberalismo, promover massacres e o nazifascismo!

Anônimo disse…
Tá lindo de ver a confusão mental dos Bolsonaristas. Bolsonaro foi para a Rússia apoiar Putin, mentindo que havia encerrado o conflito. O objetivo era irritar os EUA de Biden, inimigo do Bolsopai Trump. Agora a Rússia ataca a Ucrânia, casa dos Neonazistas que apoiam Bolsonaro.
Marta disse…
Como era mais do que previsível, a Ucrânia foi usada e será agora anexada pela Rússia sem que os "aliados" europeus e americanos movam uma única peça militar em sua defesa. Agora, para disfarçar sua safadeza, anunciam sanções que são insustentáveis pois boa parte da Europa depende do fornecimento de gás e de outros insumos russos para sobreviver. E, piada das piadas, falam em suspender a Rússia do sistema Swift, quando até as pedras das ruas sabem que isso detonaria a economia européia. Uma situação patética.
Anônimo disse…
A imprensa só mostra a reação russa , não mostrou o golpe dos EUA na Ucrânia em 2014 e nem a violência do regime nazista de Kiev.

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