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Um golpe baixo na cultura brasileira

 


A Lei Rouanet, sancionada em 1991 pelo presidente Collor, é um instrumento de captação de recursos junto a iniciativa privada para projetos culturais. Passou pelos governos Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer sem qualquer ataque porque, bem ou mal , esses presidentes tinham noção da importância de tal mecanismo para financiamento de projetos culturais. É por meio da cultura que se constrói e se consolida e identidade de um povo. E é por meio da educação e da cultura que a sociedade evolui, que a civilidade se fortalece, que a cidadania ganha força.

Mas aí veio Bolsonaro e com uma narrativa tosca e recheada de ignorância, começou, desde o seu primeiro dia de governo a desqualificar a lei, que ele chama de lei da mamata. Claro que nesse tempo todo houveram alguns descaminhos, como por exemplo, captação de recursos junto à iniciativa privada para eventos que não tinham nada a ver com atividade cultural. Mas tais distorções podiam ser corrigidas por vias administrativas ou jurídicas.

O que Bolsonaro acaba de fazer com a Lei Rouanet é dar um golpe rasteiro na indústria cultural, que além de informar e formar cidadãos, cria empregos e ajuda a movimentar a roda da economia. Ele simplesmente mudou as regras da lei, reduzindo a capacidade de financiamento da indústria cultural brasileira a níveis inaceitáveis. Um verdadeiro desastre, um crime de lesa pátria, sem dúvida.

O entendimento que Bolsonaro demonstra ter da importância da cultura para o país, é o mesmo que garimpeiros e grandes exploradores das riquezas minerais possuem sobre a importância do biôma amazônico para a saúde do planeta.

 

Comentários

Anônimo disse…
Muito triste.
Adelicio Junior disse…
para os religiosos bolsonaristas:

Provérbios 6: 16-19, diz: “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”.
Ana Lucia disse…
Golpe baixo mesmo Messias, estas mentiras É uma coisa de gangue e, pior, uma coisa de gente que usa o pior dos métodos de propaganda: a mentira.

Normalmente não dou importância às bobagens que se espalham por redes sociais, mas isso se tornou, talvez, a maior arma da campanha bolsonarista.

Trabalhar a ignorância, o preconceito, os receios e o sentimento de injustiça que habita o nosso povão para arranjar “culpados” pelo seu empobrecimento que não os que, neste momento exato, se entopem de dinheiro na Bolsa de Valores.
João Carlos Bacelar disse…
nfelizmente, a imensa maioria das pessoas não está nem aí pra veracidade das coisas. Por que outro motivo tanta gente acredita que o Lula sabia de tudo, que o filho dele é dono de metade das empresas do país, que tropas venezuelanas estão se infiltrando nas escolas, que as urnas autocompletavam o 13 do PT?
Aonde trabalho é assim mesmo vivem criticando a Lei Reuneat acusando artistas de ser chapa branca sabendo que a maioria nem é isso. O problema que misturaram tudo isso com a política e virou essa lambança tudo por causa da desinformação. E mesmo mostrando a verdade muitos não acreditam. Eu nem faço questão de explicar porque para evitar aborrecimento e fora que temos o Google aí para ser usado.

Muitos ainda continuam pensando dentro da caixinha e não saem disso. Parecem uns bandos de escravos.
Raimundo Nonato disse…
SATANÁS NÃO GOSTA DE CULTURA.

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  Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?