Cláudio Abramo, um dos profissionais mais respeitados da história do jornalismo brasileiro dizia sempre que ele não tinha duas éticas. A sua ética de jornalista era a mesma ética de marceneiro. E não era por ser jornalista que se dava o direito de sair por aí infringindo leis, com a certeza da impunidade pelo fato de ser jornalista. Recorro a este conceito emitido por Abramo em A Regra do Jogo (meu livro de cabeceira), a propósito de email que recebi do mesmo servidor municipal da nota anterior. Ele se queixa de ofensas que teriam sido feitas esta manhã a um agente de trânsito pelo apresentador Fabretti, ao ser multado por excesso de velocidade.
Sérgio Moro deu entrevista à CNN e mostrou-se despreparado e por fora de tudo quando foi instado sobre problemas sociais. Não consegue se aprofundar em nada, não vai além do senso comum, seja qual for o tema abordado. Ele só não é tão raso quanto seu ex-chefe Bolsonaro, mas consegue ser pior do que o cabo Daciolo. O papo do ex-juiz tem a profundidade de um pires. Essa é a terceira via que a Globo e certos setores da elite e da classe média metida a besta defendem?
Comentários