“Um Paciente Chamado Brasil”.
Este é título do livro que o ex-ministro da saúde Henrique Mandetta
está lançando. Fala exclusivamente dos 90 dias em que atuou na estruturação de
um plano de combate ao novo coronavírus. Alertado pela OMS e com base em laudos
de infectologistas do mundo todo, Mandetta diz que sabia da gravidade da
situação e não conseguia colocar o problema para o presidente Bolsonaro, que
simplesmente o ignorava, tipo “e daí, o queco...?"
As projeções do Ministério
da Saúde já apontavam para o número trágico de 30 mil mortos e Bolsonaro
continuava fazendo muxoxo da situação. Bolsonaro estava preocupado sim, revela
Mandetta, mas com a possibilidade de adversários como João Dória, se
aproveitarem da pandemia para capitalizar politicamente. Mais tarde ele começou a defender a
cloroquina e se irritava cada vez que surgia alguma contestação à eficácia do
medicamento. “Numa das ocasiões,
Bolsonaro sugeriu que fossem feitas mudanças na bula do remédio por decreto,
para ampliar a oferta", revela o ex-ministro, informando que a Anvisa é que barrou a maluquice.
O presidente fez pior,
muito pior: passou a se contrapor de forma veemente, à estratégia (necessária)
do isolamento social e mais tarde ao usa de máscara.
Mandetta passou a ser
fritado no Ministério da Saúde pelo presidente da república e pelos próprios
colegas ministros, como foi o caso de Paulo Guedes, que teve participação
direta na sua demissão.
Comentários
BOLSONARO GENOCIDA!