Ouvi na CBN uma especialista em políticas urbanas da Prefeitura do
Rio dizer que estavam programadas milhares de moradias do Minha Casa e Minha Vida para desocupar áreas de risco na capital fluminense. Ocorre
que o governo Bolsonaro acabou com o programa e criou o Casa Verde e Amarela
que nunca saiu do papel. Isso atende pelo nome de irresponsabilidade criminosa.
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A verba, inicialmente projetada em R$ 1,540 bilhão, caiu para R$ 27 milhões na lei orçamentária, publicada nesta sexta-feira. Isto é, 1,75% do valor previsto.
E ão se trata de obras novas, porque as contratações de empreendimentos populares nesta faixa é praticamente zero desde o início do governo Bolsonaro. São obras em curso e que estavam paralisadas, em grande parte, e que se tentava concluir.
Grande parte delas, inacabadas, se deteriorarão irreversivelmente. E, claro, vão empurrar para baixo o emprego na construção civil, uma das mais importantes válvulas de escape do desemprego, ainda mais num quadro em que as grandes obras públicas, praticamente, deixaram de existir.
Mesmo em ritmo lento, estas obras absorviam perto de 1 milhão de trabalhadores, diretos e indiretos e a sua grande maioria irá para a rua. O nível de emprego e de atividade da indústria da construção civil está em queda desde o final de 2020, pressionado pela alta do custo dos materiais, mais alto quanto mais popular a habitação.
O corte do investimento público em habitação e de uma crueldade sem tamanho num país como o Brasil, porque arruína não só a habitação urbana, mas também o emprego.
Talvez do governo se interesse por lança um programa com o nome de “Minha Calçada, Minha Fome”, o resultado também são mortes pelas enchentes.