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Prender e matar um bandido em confronto é normal. O anormal é a celebração da morte

  Lázaro tinha   que ser preso, não podia mesmo ficar fora de um presídio, porque era muito perigoso. Seria natural que ele não fosse capturado vivo, porque   tudo levava a crer que poderia reagir à ação policial e na troca de tiros não teria chance contra um batalhão de policiais treinados e bem armados. O problema foi o pós-morte. A maneira como o corpo foi arrastado de uma viatura para uma ambulância, como se o cara estivesse após levar 39 tiros,   é que causou perplexidade. Mais perplexidade causou ainda a reação de autoridades públicas, principalmente do presidente da república, que fez uma verdadeira celebração da morte. As pessoas comuns comemorarem é normal, nada a censurar. Mas altas autoridades da república, como a mais alta delas, celebrarem a morte, ainda que de um bandido, é um comportamento inaceitável, porque aí essas autoridades se nivelam ao que há de pior na sociedade e levam o estado brasileiro a banalizar o crime. Muitos hão de dizer, e dirão, por absoluta ignorân

Barros e a morte como negócio

 O texto é da jornalista e escritora Cristina Serra, que foi repórter da Globo e aqui se reporta a uma matéria que ela fez para o Fantástico quando Barros era ministro da saúde: "Era um segredo de Polichinelo a identidade do parlamentar mencionado na conversa entre Bolsonaro e o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) sobre “rolos” na compra da vacina Covaxin. O anonimato se mantinha havia horas na CPI quando o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) furou o tumor: “Está lhe faltando coragem para falar o nome do deputado federal Ricardo Barros”. A pressão, com técnica de interrogatório, funcionou. Na inquirição seguinte, Miranda, já desestabilizado emocionalmente, capitulou diante da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Esta é a revelação mais explosiva obtida pela CPI até agora. Indica uma quadrilha incrustada no Ministério da Saúde e aponta indícios de crimes cometidos por Bolsonaro e Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara e expoente do centrão. Não é surpresa que Bar

Ricardo falava em enquadrar a Anvisa pela demora na liberação da Covaxin e da Sputinick V

  Lembram quando Ricardo Barros disse numa entrevista que se a Anvisa demorasse pra liberar a Covaxin e a Sputinick iria enquadrar a agência reguladora? A pressão pra cima da Anvisa foi grande, como prova ofício enviado ao Ministério da Saúde pela Precisa Medicamentos, empresa que representa no Brasil o laboratório Bharat Biotech? Está mais do que claro o envolvimento de Ricardo Barros no escândalo da vacina indiana. Agora tem o novo escândalo, o de uma desconhecida vacina chinesa, negociada por meio de uma empresa de Maringá, que tem um sócio ligadíssimo a Barros. E quer saber? Não demora e surge também o escândalo da Sputinick. 

Platão é quem explica

  Em uma de suas reflexões na CBN o professor Mário Sérgio Cortella me fez compreender as razões pelas quais tanta gente ainda se deixa encantar por uma figura sombria como Jair Bolsonaro. Citando   Platão, o filósofo sapecou essa:   “ Tudo aquilo que engana parece liberar o encanto”.

Não, não é possível mesmo!

  Quem se deu ao trabalho de prestar a atenção no discurso de Bolsonaro ao longo da sua carreira de deputado e durante a campanha de 2018 sabe que ele não surpreende. É tudo o que sempre foi e continuará sendo, cada vez pior pelo que tem demonstrado. Bolsonaro exaltou a degeneração humana Brilhante Ustra; celebrou o massacre de sem terra em Eldorado dos Carajás; elogiou os milicianos que chacinaram 11 jovens na periferia de Salvador; disse numa reunião política na Hebraica do Rio que os quilombolas pesam em arroba; ofereceu uma touceira de capim para os nordestinos ; disse que pobre "é o título de eleitor em uma mão e o diploma de burro na outra"; disse em entrevista a um programa de televisão que o Brasil só teria jeito se houvesse aqui uma guerra civil e pelo menos 30 mil pessoas, a começar por Fernando Henrique Cardoso, fosse mortas; disse também que se chegasse a presidência da república fecharia o Congresso Nacional no outro dia após a posse. Bem que desejou isso,mas viu

A caminho de uma condenação pelo Tribunal de Haia

Bolsonaro já foi denunciado no Tribunal de Haia, uma corte internacional que julga crimes contra a humanidade, como o genocídio, por exemplo. O tribunal, do qual o Brasil é signatário, não tem poder para tirar um presidente do comando do seu país, mas lá os crimes não prescrevem e ao deixar o poder, o condenado pode ser preso. Vale lembrar que a denúncia já formalizada contra Bolsonaro não é em decorrência da pandemia, mas do massacre dos povos indígenas. O fato dele fomentar o genocídio agora, renderá outra denúncia e as duas podem desaguar numa condenação, com consequências imediatas no processo interno de impeachment e prisão após ele deixar o Palácio do Planalto. É bom Jair se preparando.   

Juca, em “o dia que Edson traiu Pelé”

  O jornalista Juca Kfouri conta em uma entrevista, ora no Youtub, que certa feita bateu boca com Pelé, seu grande amigo e de quem escrevia uma biografia. Tudo por causa de um acordo espúrio que o rei havia feito com a cartolagem do futebol brasileiro. A discussão começou quando Pelé detalhou o acordo e Juca, muito contrariado, reagiu com aquela ironia que lhe é característica: “Olha aqui rei, acabo de alinhavar na cabeça um novo capítulo para o livro. E já tenho até o título. Escuta só: O dia em que Edson traiu Pelé”. Claro, Pelé não gostou e o leite azedou. Resultado: o livro parou por aí. Tempos depois, Pelé procurou Juca para se desculpar, reconheceu o erro mas achou que para a circunstância em que o acordo se deu, o que fez era certo. Os dois reataram. Juca, entre elogios a Pelé e algumas críticas a Edson, lembrou do dia em que estava na casa do rei do futebol e ele recebeu uma ligação do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, convidando-o para um café e um bate-papo na

Havia um Ricardo no caminho de Bolsonaro...

  Quando ministro da saúde, Ricardo Barros fez uma compra de medicamentos no valor de R$ 20 milhões. O valor foi pago mas os medicamentos nunca foram entregues. Nome da empresa: Global, que pertence ao mesmo dono da Precisa, intermediária na negociação da Covaxin, em cujo escândalo Barros está envolvido até a medula.

O fim da estabilidade para o servidor concursado seria o caos do serviço público

  Na PEC 32, da reforma administrativa o governo faz desaparecer a expressão função pública em relação aos servidores. Essa supressão é a chave para acabar com a estabilidade do concursado. E por que o governo quer isso?   Por que parlamentares como Ri cardo Barros defende isso? Exatamente porque sem estabilidade o servidor fica vulnerável, podendo ser demitido a qualquer momento por qualquer político de merda. Já imaginou se o servidor Luis Ricardo Miranda não tivesse estabilidade? Antes mesmo de depor ontem na CPI já teria sido exonerado. Isso mostra claramente quão importante é a manutenção da estabilidade que esse governo predador do futuro quer detonar.  

Professor Marcos Danhoni escreve sobre a saga dos Barros

         A triste aventura dos Barros começa com o patriarca, Silvio Barros, que foi prefeito de Maringá pela Arena, aliada do regime militar. Ricardo Barros herdou-lhe a veia política, assim como seu irmão Silvio Barros II (isso mesmo, a coisa é tão ridícula que o ultimo sobrenome é o algarismo “II” romano…). Foi prefeito. Aliás, um desastrado prefeito. Seu último dia de governo terminou com a prefeitura de Maringá cercada por funcionários irados em greve. Ricardo Barros escapou do cerco com uma “tereza” (corda feita de lençóis como aquelas usadas por presidiários em fuga).  Após uma interrupção de dois mandatos, seu irmão, Silvio Barros II, tornou-se o terceiro do clã a eleger-se prefeito (sendo reeleito e fazendo seu sucessor). Assim, os Barros tomaram a cidade por longos 20 anos. Sua esposa, Cida Borghetti, uma curitibana importada, fez toda sua plataforma política baseada em campanhas contra o câncer feminino, o que lhe angariou votos para toda a vida … O mesmo ocorreu c

Entenda como e porque RB está envolvido no escândalo da Covaxin

  O governo Bolsonaro não negociou a Covaxin direto com a farmacêutica como é feito com todas as demais fabricantes de vacina. Negociou com a intermediária Precisa Medicamentos e o adiantamento de mais de R$ 200 milhões pela compra (superfaturada) de 3 milhões de doses deveria ser depositado   em uma   o ffshore em Singapura, grande paraíso fiscal. E onde Ricardo Barros entra nessa história? Entra assim, conforme reportagem do UOL: “ A Precisa Medicamentos pertence à Global Gestão em Saúde e ao empresário Francisco Emerson Maximiano —que, por sua vez, também é sócio da Global. A Global Gestão em Saúde é investigada por outro contrato firmado com o Ministério da Saúde, na gestão do então ministro Ricardo Barros (2016-2018), também investigado no caso. Hoje, Barros é deputado federal pelo Progressistas e líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados. A compra da Covaxin foi beneficiada por uma emenda de Barros na medida provisória que liberou importação de v

Glenn e a volta do cipó...

  Glenn Edward Greenwald ( escritor, advogado especialista em direito constitucional dos Estados Unidos e jornalista norte-americano , radicado no Brasil). Ele foi o criador do The Intercept Brasil, o site que desmontou a “República de Curitiba” e levou o STF a declarar a suspeição de Sérgio Moro na sentença que botou Lula na cadeia e o impediu de concorrer às eleições de 2018. Com Lula fora do páreo, Bolsonaro deitou e rolou e depois nomeou o juiz da Lava Jato seu ministro da Justiça. Hoje fora do país, Moro, que nasceu em Maringá ,  está sendo arremessado para a lata de lixo da história. O grande Geraldo Vandré cantaria: “É a volta do cipó no lombo de quem mandou dar...”

Antes que a história se repita como farsa

  "O livro  O Fim do Terceiro Reich, de Ian Kershaw, fala de como a Alemanha foi aniquilada sem uma rendição de Hitler quando tudo já estava irremediavelmente perdido. No bunker, o führer esperava um milagre e insistia em seu delírio porque prometeu jamais retomar a capitulação “covarde” de 1918. Ditou seu testamento dizendo que seu autossacrifício serviria para o nazismo renascer. Exortava a população dizimada a continuar lutando em seu nome. É necessário prender Bolsonaro antes que a história se repita como farsa — e sem o suicídio porque o sentido de honra nunca passou perto do bunda suja". . Kiko Nogueira (DCM) P

Um negro com linguagem de supremacia branca. É mole?

 Laurentino Gomes sobre o negro que preside a Fundação Palmares, nomeado por Bolsonaro: "Se existe um tapa na cara do atual governo nos negros brasileiros é colocar um negro à frente da Fundação Palmares com linguagem de supremacia branca", disse o jornalista Laurentino Gomes, autor da trilogia "Escravidão". "Não espero que meus livros estejam na Fundação Palmares atual".  Só pra lembrar, Sérgio Camargo tem histórico de atacar com ferocidade o movimento negro. Ele já chamou Zumbi dos Palmares  de "filho da puta" e o movimento negro de "escória maldita". Chegou ao absurdo de de dizer que a escravidão foi benéfica para os descendente. É ou não é um capitão do mato?

General e ex-ministro expõe as vísceras do governo Bolsonaro

  " É um governo que investe no fanatismo, no show, no populismo. É o processo de qualquer regime totalitário. É divisão social, é o culto à personalidade, é o ataque às pessoas, e não a discussão de ideias. Os ataques são todos pessoais com desinformação, fake news, crimes de calúnia, de difamação, desinformação, mentira. Isso é o que está caracterizando o momento atual". . Gen. Santos Cruz

Deixando a profundidade de lado, e porque não, canalhas e filhos da puta?

  Os analistas econômicos que atuam nos jornais , rádios e televisão têm orgasmos quando falam em recuperação da economia, em crescimento do PIB e outras baboseiras. Esses crápulas ignoram os 40 milhões de brasileiros que batem cabeça atrás de um emprego; os milhões que precisam de ajuda da comunidade para se alimentar e o outro tanto que dorme sob marquises e viadutos. Eles ignoram o susto que mesmo os que têm salário levam cada vez que vão ao supermercado e a revolta de quem pára em um posto de combustíveis para abastecer seu carro com gasolina, etanol ou diesel. Não estão nem aí com as milhares de famílias que precisam recorrer ao álcool e à lenha para cozinhar, porque o gás tornou-se inacessível à grande parte dos brasileiros. Que crescimento de bosta é este? Aonde está a recuperação econômica que tanto celebram? E o que dizem de falas como a do chicago boy Paulo Guedes, que sugere dar restos de comida a quem tem fome? Às vezes me esforço para ser polido, para não perder a co

Fooooraaaaaaaa!!!!

 Home é mais um dia do "fora Bolsonaro". O país não aguenta mais tanta sandice, tantas falas e ações criminosas, que estão nos levando para meio milhão de mortos pela Covid.

Matança programada

  "Com meio milhão de mortes e sob ameaça de uma terceira onda pandêmica, o Brasil se converte em um laboratório de loucuras sanitárias e num dos lugares do planeta mais arriscados para se viver. As UTIs das grandes cidades continuam com lotação superior a 90%, a vacinação está criminosamente atrasada e a média móvel diária, em torno de 2 mil óbitos. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro age como um cientista maluco, propõe a desobrigação do uso de máscaras para os vacinados e continua promovendo a cloroquina e incentivando aglomerações. Médicos dizem que com uma atitude acertada do governo pelo menos 30% das mortes poderiam ter sido evitadas". Introdução da reportagem de capa desta semana da Revista Isto É, que tem meu ex-colega da trabalho Germano Oliveira como editor chefe.