Quem se deu ao trabalho de prestar a atenção no discurso de Bolsonaro ao longo da sua carreira de deputado e durante a campanha de 2018 sabe que ele não surpreende. É tudo o que sempre foi e continuará sendo, cada vez pior pelo que tem demonstrado. Bolsonaro exaltou a degeneração humana Brilhante Ustra; celebrou o massacre de sem terra em Eldorado dos Carajás; elogiou os milicianos que chacinaram 11 jovens na periferia de Salvador; disse numa reunião política na Hebraica do Rio que os quilombolas pesam em arroba; ofereceu uma touceira de capim para os nordestinos ; disse que pobre "é o título de eleitor em uma mão e o diploma de burro na outra"; disse em entrevista a um programa de televisão que o Brasil só teria jeito se houvesse aqui uma guerra civil e pelo menos 30 mil pessoas, a começar por Fernando Henrique Cardoso, fosse mortas; disse também que se chegasse a presidência da república fecharia o Congresso Nacional no outro dia após a posse. Bem que desejou isso,mas viu que o buraco é mais embaixo.
Não é possível que ainda tenha gente que o admire tanto. Não é possível que ainda tenha tanta gente que o defenda e veja nele a salvação da pátria; não é possível que tantos brasileiros fechem os olhos para o seu comportamento criminoso diante da pandemia. Não é possível mesmo.
Palmas para Leandra Leal , para Chico
Buarque e tantos outros artistas que estão tendo a coragem de confrontar o
"monstro da lagoa"
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