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Sem dó nem piedade. E sem constrangimento


O que é pior, a sanha destruidora da "administração cidadã", exterminadora do passado e do futuro de Maringá, ou a omissão criminosa da sociedade organizada, principalmente da Câmara de vereadores e da mídia? Sinceramente nao sei. O que sei é que a Prefeitura começou hoje a executar a destruição de um dos únicos patrimônios históricos que a arquitetura legou a nossa cidade. A rodoviária velha, que nenhum vereador teve a coragem de pelo menos tentar tombar e que nenhuma entidade preservacionista se dignou a defender, vai mesmo para o chão. Qualquer dia desses ela anoitece e não amaqnhece, sendo demolida provavelmente na calada da noite, exatamente para não provocar reações.
Sugiro aos defensores do extermínio de uma pequena parte da nossa história, que visite Feira de Santana, na Bahia, e veja a maravilha do Mercado Modelo, .
instalado numa obra do século 19; ou que aprendam com exemplos bem próximos de nós, como a rodoviária e a ferroviária de Londrina, preservadas por gestores sensíveis ao valos histórico dos dois prédio. Ou ainda: que observem bem o Shopping estação de Curitiba, que ao invés de demolir a estação ferroviária, fez uma adeptação interessante, preservando até um exemplar da Maria Fumaça que por lá passou durante décadas a fio.
Maringá é uma cidade jovem, mas a sua rodoviária tem história, como tinha história o prédio de ferroviária, demolida na gestãi, sabe de quem? Sim, do prefeito Ricardo Barros, irmão de Silvio, que agora quer colocar a rodoviária na chon. Não há sensibilidade e compreensão da importância de se combinar o passado e o presente. Isso porque o prefeito é ligado ao turismo, diz-se um amante do meio ambiente, etc e tal. Mas quem tem esse tipo de formação, não poderia ver a cidade que administra apenas com o olhar do mercado imobiliário. O conceito do moderno alí é totalmenrte distorcido. E por isso, comete crimes de lesa pátria como esse, sem o menor constrangimento.

Comentários

JC Cecilio disse…
Meu caro Messias,

Eu tenho muita vergonha de saber destes fatos na cidade natal que tanto cultuo.

Cidade Anti-Cidade, a CANÇÃO mais se parece com a Marcha fúnebre!

Lamentável!
Editor disse…
Messias, a ONG que presido, o Instituto Memória Paraná, já realizou protestos nos aniversários da interdição, coletou assinaturas para o tombamento e assinou pedido semelhante junto ao MP. É quase impossível manter uma ONG voltada para a preservação da história da cidade numa administração em que o prefeito, ajudado pela plutocracia, não tem nenhum vínculo com a cidade que dirige. Já escrevi isso em meu blog: pode parecer bobagem, mas o fato de o prefeito, o irmão mais velho, morar em casa alugada até hoje (de resto, toda a família Barros) mostra o grau de vinculação que ele tem com Maringá.

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