A jornalista e escritora
Marisa Marega, uma das ativistas mais
empenhadas no combate à violência doméstica constata :
“O feminicídio avança . Uma mulher
morre a cada duas horas no Brasil. E tudo piora com o discurso armamentista do
presidente da república.
Neste momento, com a liberação das armas pelo governo de Jair Bolsonaro,
entidades como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Maria da
Penha e a Agência Patrícia Galvão, que investigam a violência contra a mulher,
são unânimes em projetar que a situação só vai se agravar.
A arma dentro de casa será a ferramenta ideal que os machões usarão para
cometer o feminicídio “num surto”, “sob violenta emoção”. E aí fica a pergunta:
já que o Estado se omitiu e ainda agravou a situação com a liberação das armas,
o que você sugere para salvar a vida das mulheres ameaçadas?”
Comentários
Podemos até imaginar playboys atirando em mendigos nas estradas só por diversão.
Juízes defendendo - em nome da lei (?!) - ruralistas que mandarem matar gente do MST, indígenas ou ambientalistas.
Franco-atiradores em favelas e nas perifas matando a rodo, sobretudo negros e pobres.
Brigas de bares, de trânsito, passionais, tiroteios em escolas, em shoppings e até em hospitais aumentarão muito a audiência de programas policiais da TV.
Só devemos esperar que, desta vez, tribunais internacionais (ou mesmo se restar alguma instituição digna neste país) condenem pesadamente promitentes genocidas sanguinários como Moro, Witzel, Doria, clã bolsonazi e seus cúmplices da extrema-direita (jornalistas e donos dos meios de comunicação, juízes, milicos, políticos, empresários).