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O problema não é a pesquisa, é a sua leitura



Manchete do jornal O Globo:”Seis em cada dez brasileiros concordam com a reforma da previdência, diz pesquisa Ibope/CNI”. Não há que se duvidar da pesquisa, que de acordo com o manual de conduta de qualquer instituto, é feita dentro de rigorosos critérios técnico-científicos. Mas há que se duvidar, e muito, das interpretações, sempre feitas de acordo com os interesses de quem lê os números e gráficos.

No caso específicom, é questionável o uso do  “a” como artigo indefinido e plural. Com todo mundo com quem a gente conversa, a percepção de que a previdência precisa de reforma é clara. Mas há quase uma unanimidade contra essa reforma de Paulo Guedes, que propõe não o fortalecimento do sistema, mas a sua morte, para favorecer a previdência privada. Não é por outra razão que os grandes bancos, como Bradesco e Itaú, estão empenhadíssimo na aprovação da mal fadada PEC.

Então é assim: invés de manchetar que “Seis em cada dez brasileiros concordam que tem que haver reforma”, o jornalão da família Marinho tasca logo o artigo “a” que é para ajudar no processo de indução dos incautos e tornar o saco de maldades do governo Bolsonaro em balaio de bondades. Chamem manobras do tipo do que quiserem, mas pra mim, isso tem um nome: malandragem.

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