A escola militarizada é o único projeto que Bolsonaro tem para a educação no país. No Paraná, Ratinho Júnior é pego na mentira pelo site The Intercept Brasil. Segundo denúncia do site, o governador usou dados falsos do Ideb para justificar a implantação do colégio cívico-militar em vários municípios do Estado:
“Para
convencer a patuleia de que a mera entrega da direção a policiais militares
aposentados irá transformar escolas públicas com “baixos índices de fluxo e
rendimento escolar” num “modelo vencedor” ,Ratinho Junior e seu secretário da
Educação, Renato Feder lançaram mão de
uma mentira: a de que “a média das escolas cívico-militares no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica é 20% maior do que na educação tradicional”.
Estão mentindo. Uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em fevereiro
passado, explica que “escolas militares têm desempenho similar ao de unidades
com perfil parecido”. Ainda: “acima da média, centenas de colégios estaduais
com alunos do mesmo perfil socioeconômico têm resultado melhor”.
Comentários
Você que espera que seu filho(a) tenha autonomia e seja uma pessoa cidadã saiba que as mudanças pedagógicas desrespeitam a identidade e a autonomia do seu/sua filho(a). O colégio militar é para formar soldados; escola pública é para formar cidadãos(ãs) humanizados(as), livres, plurais, diversos(as) e emancipados(as).
Exija o mínimo de respeito do governo para que você saiba o que a mudança para colégio militar implicará. É a educação de seu/sua filho(a), um bem precioso que está em jogo. Não se deixe enganar por propagandas oficiais que escondem as verdadeiras intenções da militarização das escolas.
Diga NÃO à militarização das escolas!
Outro problema seria levar para dentro da escola pessoas que não têm formação na área da Educação, reduzindo o espaço dos professores. “Os militares possuem uma visão institucional daquilo que chamam de: ordem, disciplina e hierarquia. Isso é compatível com o ambiente castrense da instituição militar, mas não dialoga com o universo da Educação.
1) A direção da escola fica nas mãos de um policial militar. Escola não é lugar de polícia, assim como batalhão não é lugar de professor/a.
2) A comunidade não tem o direito de escolher a pessoa que irá dirigir a escola. A Secretaria de Educação indica o Diretor Geral Militar e um/a professor/a para assumir o cargo de direção civil, mas sem autonomia e submetida às ordens do diretor-militar.
3) Caso o/a estudante não se adapte à disciplina militar, perde a matrícula mesmo que resida perto da escola.
4) Há controle da liberdade de expressão e manifestação dos/as estudantes, professores/as e funcionários/as.
5) Não há igualdade na distribuição dos recursos entre as escolas estaduais. A escola militarizada receberá mais recursos e mais profissionais, enquanto as demais continuam precarizadas.
6) A pedagogia da escola militarizada é a da submissão à disciplina militar.
7) Os/As professores/as e funcionários/as perdem a lotação, portanto, poderão ser colocados/as à disposição a qualquer momento, a depender do interesse da Seed.
8) Os/as profissionais da educação ficarão submetidos/as aos militares da reserva.
9) Crescente desvalorização da carreira dos profissionais da educação.
10) Colégio militar é para formar soldados, escola pública é para formar cidadãos/ãs humanizados, livres, plurais, diversos e emancipados.