"Porta giratória", lawfare e ouras cossitas mas...

 

Você sabe o que é a Conjur? É uma revista eletrônica editada por um conjunto de juristas, que publica matérias em linguagem simplificada, traduzida do juridiquês que só os operadores do Direito entendem. Pois vem da Conjur a informação de que há fortes indícios para justificar uma profunda investigação contra o ex-juiz e pré-candidato a presidente da república, Sérgio Moro. Após deixar o Ministério da Justiça ele foi para os Estados Unidos, onde ganhou muito dinheiro prestando consultoria para a empresa Alvarez & Marsal, contratada para atuar na recuperação de grandes empresas da construção civil que a operação Lava Jato, comandada por Moro , quebrou. É no mínimo estranho imaginar que um juiz consiga levar uma gigante como a Odebrecht à falência e depois ganhe tufos de dólares para recuperá-la judicialmente. Pelo menos 75% da receita obtida no Brasil pela Alvarez & Marsal foram obtidos de empresas envolvidas na Lava Jato. Isso diz alguma coisa?

Moro, segundo matéria da Conjur teria praticado um negócio chamado “porta giratória”   , “que ocorre quando um indivíduo pratica ações no serviço público que causam consequÇencias em determinados segmentos econômicos e, depois, vai trabalhar na iniciativa privada, beneficiando-se dos efeitos que ajudou a produzir”. Ou seja, além de praticar  lawfare (uso indevido de recursos jurídicos para prejudicar um adversário político), Moro é acusado dessa outra coisa aí, que os advogados chamam de “porta giratória”.