Na verdade, as bravatas de Bolsonaro, que ameaça dar golpe dia sim e dia também, preocupa menos do que o comportamento deletério para as finanças públicas adotado pelo Congresso Nacional, principalmente pela Câmara dos Deputados. É estarrecedor ver que sob a presidência de Arthur Lira, a Câmara se apoderou da chave do cofre e passou não apenas a legislar e fiscalizar o Executivo, como é seu papel constitucional, mas também a administrar o orçamento da União. O que é pior: administrar de maneira nada republicana, valendo-se de imoralidades como o orçamento secreto, que prevê R$ 19 bilhões para o ano que vem, a serem drenados dos cofres públicos via emenda do relator, uma imoralidade sem tamanho. É a pior composição do parlamento desde que acompanho a política brasileira, como jornalista e como cidadão, profissão esperança. Participei no final dos anos 80, do estágio universitário, organizado pela 4ª. Secretaria, por indicação do saudoso deputado Walber Guimarães. E fui, j...