Desde 2018 o
agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, vem repetindo o discurso de
Bolsonaro, de que "é preciso armar a população e varrer o PT do mapa do
Brasil". Sábado à noite ele passava em frente ao salão onde ocorria a
festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em
Foz do Iguaçu. Ali, só estavam familiares e amigos do aniversariante, que havia
decorado o salão com fotos de Lula.
O bolsonarista Guaranho parou em frente ao local ouvindo música de exaltação a
Bolsonaro e gritando alto: "Aqui é Bolsonaro!". O aniversariante saiu
pra fora e pediu para o intruso se retirar. Bateram boca e o agente
penitenciário saiu bravo ameaçando voltar.
E voltou. Voltou armado e já entrou no salão atirando. O aniversariante, que por
dever de ofício também tinha arma, revidou e depois de ser atingido, também
atingiu Guaranho, que ele nem conhecia. A esposa do guarda municipal que é
policial civil tentou segurar o atirador e sua interferência acabou evitando
que convidados fossem atingidos e que a tragédia fosse maior e ainda mais
dramática.
Marcelo morreu pouco depois no hospital e o bolsonarista criminoso continua
internado em estado grave. Várias lideranças políticas se manifestaram ,
condenando a violência. O próprio Lula lamentou a tragédia, inclusive
reconfortando a família do criminoso bolsonarista.
Já Bolsonaro disse que não queria gente violenta como apoiador e disse que esse
tipo de pessoa tem que ir para o outro lado, porque quem pratica violência é a
esquerda. Depois fez referência à facada, praticamente insinuando que o PT
tinha culpa pelo que aconteceu com ele em Juiz de Fora.
Como se vê, até numa situação dessa Bolsonaro mantém sua narrativa de
disseminação do ódio.
Meu Deus, como este homem é perigoso!
Comentários
Este assassino terrorrista bolsonarista é membro da igreja pentecostal Batista Sião, evangelico de satanás.
É LULA NO PRIMEIRO TURNO!
10 de julho de 2022, 20:35 Por Esmael Morais
► Presidente amplia discurso do ódio após assassinato de Marcelo Arruda
O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) colocou a culpa na vítima, Marcelo Arruda, dirigente do PT, que foi assassinado por um bolsonarista em Foz do Iguaçu.
Pelo Twitter, Bolsonaro acusou neste domingo (10/07) a “esquerda” de acumular um histórico inegável de episódios violentos [sic].
Ele não citou o caso em concreto, em Foz, em que um apoiador seu matou a tiros dirigente do PT iguaçuense que comemorava 50 anos.
Segundo o presidente, passando por cima do cadáver de Marcelo Arruda, disse que é a esquerda que dá facada e que cospe nos adversários.
Para Bolsonaro, ainda sem citar que um bolsonarista invadiu uma festa de aniversário, disse que caluniadores agem como urubus para tentar prejudicá-lo 24 horas por dia.
Em nenhum momento, na manifetação, Bolsonaro se solidarizou com a famíia do guarda municipal, tesoureiro do PT, assassinado na madrugada de hoje.
Mas não significa, ",ACOVARDAR " eles são perigosos ,mas temos que enfrentar essas covardias com dureza. Pois o dono deles incentiva isso.
Por Milly Lacombe, no UOL
Um bolsonarista entra armado em festa de aniversário de petista e, segundo testemunhas, verbalizando o nome de seu heroi (“aqui é Bolsonaro”, teria gritado o invasor), atira para matar o aniversariante que celebrava seus 50 anos cercado de motivos lulísticos: bolo, toalha, cartazes.
O que invadiu a festa fez arminha de verdade com a mão; o que foi alvo fazia o L para fotos.
O alvejado teve tempo de reagir – o que a lei chama de legítima-defesa – e ferir seu agressor.
Não tem nada de polarizado nessa cena de horror.
É tragédia. É agressão. É assassinato com legítima defesa.
Não vamos confundir a reação da vítima com a premeditação do assassino. Não vamos misturar a alegria da vítima com a fúria do matador.
Não existe polarização se um candidato fala em metralhar adversários e o outro fala em paz.
Chamar as eleições de polarizadas é desonesto. São eleições violentas – e a gente ainda vai ver essa violência escalonar.
Bolsonaro está convocando suas milícias à luta. Faz isso na cara de todos, declaração atrás de declaração – e seus devotos já estão nas ruas seguindo ordens.
É só o começo desse derramamento de sangue.
O outro candidato está falando em união, em voltar a sorrir.
Não existe imparcialidade diante desse horror que virou o Brasil.
A falsa simetria nos trouxe até aqui. Não era, afinal, uma escolha difícil.
Bolsonaro nunca foi candidato legítimo.
Legitimá-lo em nome de um antipetismo doentio e covarde custou a vida de muitos – e custará outras.
A falsa simetria está nos matando.
Passou da hora de assumirmos posição a favor da vida, da democracia, de alguma mínima ideia de decência e de futuro.
Desde a execução a tiros de Marielle e Anderson, em março de 2018, agentes da extrema-direita, milicianos e terroristas vêm cometendo uma série de violências praticamente impunes: os tiros contra a caravana de Lula no Sul, o assassinato por bolsonaristas do mestre capoeirista Moa do Katendê, na Bahia, e do idoso Antônio Carlos Furtado, em Santa Catarina.
Nos últimos 30 dias, extremistas de direita usaram um drone para lançar veneno agrícola sobre o público de um ato político do ex-presidente Lula, em Uberlândia, e lançaram uma bomba contra o público em outro ato no Rio de Janeiro.
Também foram alvos de violência o juiz federal que havia determinado a prisão de um ex-ministro do governo Bolsonaro e a redação do jornal Folha de S. Paulo, alvejada por um tiro.
A violência política é inimiga da democracia, dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de organização. No Brasil, os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro.
É diante de sua escalada autoritária e violenta que a sociedade brasileira e as instituições devem se manifestar com toda firmeza, em defesa do Brasil e da democracia.
Mais do que nunca, o Brasil precisa de paz.