...da História, como diria Heron Domingues na abertura do Repórter Esso. Sim , eu vi as moto niveladoras da Prefeitura, comandadas pelo homem forte da primeira administração JP, João Nicomédis , avançar sobre barracos de lâmina na Favela Cleópatra. Não me recordo nem o ano, mas acho que foi final de 1963. O plano de desfavelamento de Maringá, que incluia a destruição dos barracos e a transferência dos favelados para outros municípios da região, principalmente para a Vila Guadiana (Mandaguaçu), não foi muito longe por causa da reação da sociedade e da repercussão negativa na mídia local. Meninos , eu vi! Afinal, eu era um dos favelados. Mas meu barraco não chegou a ser ameaçado, pois ficava bem lá embaixo, próximo ao Frigorífico Central. Neste caso, foi bom para mim e minha família, o processo ter começado de cima para baixo.
Por falar em desfavelamento, a política de exclusão social de Maringá continou pelas administrações afora. Se agravou no início dos anos 70 com o fim dos loteamentos populares. Este fato, aliado ao IPTU caro e a uma valorização imobiliária desproporcional às condições financeiras das famílias pobres, é a causa maior do inchaço urbano de Sarandi e Paiçandu, este em menor escala. A implantação da Região Metropolitana propicia, senão políticas públicas de correção da anomalia no curto prazo, pelo menos a discussão mais aprofundada desse processo. E leva os maringaenses politicamente corretos a refletir mais sobre a dívida social monstruosa que Maringá tem para com os dois municípios vizinhos.
Vale informar também que a Prefeitura de Sarandi tem hoje vários processos contra empresas de Maringá que fizeram loteamentos sem nenhuma infra-estrutura naquele município, para abrigar os excluídos de Maringá. Há sentenças de primeira e de segunda instância contra loteadoras, que logo , logo, terão que bancar o asfalto que deixaram de fazer na época .
Por falar em desfavelamento, a política de exclusão social de Maringá continou pelas administrações afora. Se agravou no início dos anos 70 com o fim dos loteamentos populares. Este fato, aliado ao IPTU caro e a uma valorização imobiliária desproporcional às condições financeiras das famílias pobres, é a causa maior do inchaço urbano de Sarandi e Paiçandu, este em menor escala. A implantação da Região Metropolitana propicia, senão políticas públicas de correção da anomalia no curto prazo, pelo menos a discussão mais aprofundada desse processo. E leva os maringaenses politicamente corretos a refletir mais sobre a dívida social monstruosa que Maringá tem para com os dois municípios vizinhos.
Vale informar também que a Prefeitura de Sarandi tem hoje vários processos contra empresas de Maringá que fizeram loteamentos sem nenhuma infra-estrutura naquele município, para abrigar os excluídos de Maringá. Há sentenças de primeira e de segunda instância contra loteadoras, que logo , logo, terão que bancar o asfalto que deixaram de fazer na época .
Comentários
Realmente, pena que a casta da elite maringaense é insensível ao fato, e prefere reduzir e discriminar os moradores de Sarandi e de Paiçandu! Morei muito tempo em Sarandi e vi filhos de operários cresceram aprendendo profissões como metalúrgicos, torneiros mecânicos, marceneiros, mecânicos de automovéis e hoje se tornaram empresários, graças ao empenho de pequenos empresários que apostaram no crescimento econômico da região!
Seu blog está bem bonito! Esta história eu havia lido, mas não conhecia toda humilhação ....
Abraços
Marta B.