"A Eletropaulo deve 1 bilhão e 500 milhões ao BNDES. Esse "empréstimo", dado por um banco estatal do Brasil, serviu para privatizar a empresa, absurdo.
O "empréstimo" foi transformado em ações sem direito a voto. Agora, o BNDES quer vender sua parte (que com os juros vão a 2 bilhões), só que não existe comprador. Que República".
. Da coluna do Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa)
Meu comentário: já imaginou o que não seria descoberto se fosse criada , mas para funcionar de verdade, uma CPI das privatizaões? Esse caso da Eletropaulo deve ser fichinha perto de privatizações como a da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional. Só lembrando que essa entrega desavergonhada das maiores riquezas do país ao capital privado foi obra do "Farol da Alexandria", de cujo governo o deputado Ricardo Barros, agora líder de Lula, foi vice-líder.
Por falar em Ricardo, ele teve uma trajetória política , no mínimo, intrigante: era prefeito de Maringá quando estendeu tapete vermelho para o presidente Collor passar; foi vice-líder de FHC na Câmara Federal; arregaçou as mangas para trabalhar por Serra em 2002 e por Alckmin em 2006 e agora é lider do governo Lula. É ou não é um caso raro de coerência política esse RB? Em tempo: poucos políticos bateram no ex-sapo barbudo tanto quanto ele; poucos homens públicos tentaram desqualificar o PT tanto quanto ele. O ano da graça de 2008 vem aí, e quando a primavera chegar, poderão estar ainda mais claras as voltas que o mundo dá...
O "empréstimo" foi transformado em ações sem direito a voto. Agora, o BNDES quer vender sua parte (que com os juros vão a 2 bilhões), só que não existe comprador. Que República".
. Da coluna do Hélio Fernandes (Tribuna da Imprensa)
Meu comentário: já imaginou o que não seria descoberto se fosse criada , mas para funcionar de verdade, uma CPI das privatizaões? Esse caso da Eletropaulo deve ser fichinha perto de privatizações como a da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional. Só lembrando que essa entrega desavergonhada das maiores riquezas do país ao capital privado foi obra do "Farol da Alexandria", de cujo governo o deputado Ricardo Barros, agora líder de Lula, foi vice-líder.
Por falar em Ricardo, ele teve uma trajetória política , no mínimo, intrigante: era prefeito de Maringá quando estendeu tapete vermelho para o presidente Collor passar; foi vice-líder de FHC na Câmara Federal; arregaçou as mangas para trabalhar por Serra em 2002 e por Alckmin em 2006 e agora é lider do governo Lula. É ou não é um caso raro de coerência política esse RB? Em tempo: poucos políticos bateram no ex-sapo barbudo tanto quanto ele; poucos homens públicos tentaram desqualificar o PT tanto quanto ele. O ano da graça de 2008 vem aí, e quando a primavera chegar, poderão estar ainda mais claras as voltas que o mundo dá...
Comentários
No País, não se sabe mais quem é de esquerda ou quem é de direita; os políticos lutam apenas por interesses pessoais
"O deputado Ricardo José Magalhães Barros, do Partido Progressista, é o novo vice-líder do governo na Câmara Federal. Barros já esteve no cargo antes, quando ocupou a vice-liderança do governo de Fernando Henrique Cardoso. Durante todo o primeiro mandato de Lula, Barros esteve na oposição e mesmo recentemente, em 2006, ele foi contra o ingresso do PP na coalizão de Lula e passou as eleições apoiando a candidatura tucana de Geraldo Alckmin."
Site: www.cbncuritiba.com.br Data: 25/05/2007
O ex-militante de esquerda, cansado de ouvir chacotas de amigos pelo fato de o presidente Lula abandonar as causas dos "companheiros", nem esquentou a cabeça ao saber que um político extremamente de direita e neoliberal estaria ocupando o cargo de vice-líder do governo na Câmara Federal. Diferentemente de seu filho, que quase desmaiou ao ouvir o discurso "progressista" do tal deputado.
Estudante de Ciências Sociais e presidente do centro acadêmico, ele ficou tão nervoso com essa notícia calamitosa, que pensou até em organizar um protesto em Brasília. Mas decidiu, antes de qualquer ação precipitada, conversar com seu pai, experiente em promover passeatas e reivindicações na capital brasileira:
- Pai, como pode um político como o tal deputado, que sempre se opôs ao governo Lula, inclusive apoiando o tucano Alckmin, ser o novo vice-líder do governo na Câmara Federal?
- Pois é, meu filho. Já estou me acostumando com esse cenário circense da política brasileira. Hoje, tenho vergonha de dizer que já fui um militante ferrenho de esquerda e que ajudei a fundar o Partido dos Trabalhadores. Estou velho e não tenho sua energia para pensar em revolução.
- Será que os políticos de esquerda já não foram, um dia, iguais a mim? Estudo política e tento fazer política, mas nunca pensei em algum interesse próprio. A minha luta é pelo povo!
- Filho, não se iluda. A esquerda acabou. A onda do neoliberalismo tomou conta de todo mundo. Lá na Venezuela, se Hugo Chávez não se cuidar, logo acaba sendo morto, "misteriosamente". Como podemos reivindicar algo, se o próprio Luíz Inácio Lula da Silva, ícone da esquerda brasileira, privilegia a classe empresarial e os banqueiros?
- Pai, quer saber? Vou abandonar o curso de Ciências Sociais, o centro acadêmico e as passeatas. Não sou nenhum Dom Quixote para amar as causas perdidas e achar que os dragões são moinhos de vento. Prestarei vestibular para o curso de Administração de Empresas e vou atrás do progresso, o qual nosso amigo, o tal deputado, tanto proclama. Virarei um burguês!
- Embora você ainda seja novo para desanimar desse jeito, não tiro sua razão. Eu mesmo já desisti de ser um esquerdista há muito tempo.
Afinal, como disse o nosso presidente: "Quem é de esquerda depois dos 60 anos, tem problemas."
Após o breve diálogo sobre a falência da ideologia política brasileira, pai e filho decidem pedir uma pizza. Alimentam-se e assistem à televisão, que transmite mais uma rodada do campeonato nacional de futebol. Depois disso, viveram felizes para sempre.
Wilame Prado