O senador Paulo Paim, do PT, é na avaliaçao de sindicatos obreiros e trabalhistas em geral, o melhor senador da república. Isso devido ao seu histórico de lutas a favor da dignidade no trabalho, inclusive na questão salarial. Agora ele está em rota de colisão com o governo Lula por causa de dois projetos que terão forte impacto financeiro na previdência, mas corrige uma grande injustiça que tem sido praticada contra os aposentados.
Um dos projetos, já aprovado pelo Senado, prevê um indexador que evita defasagem na aposentadoria.
O outro projeto ainda não passou de propsta, mas já tramita no Congresso com grande chance de se tornar realidade. Aprovado, será o fim do fator previdenciário, um mecanismo de redução de salário para quem se aposenta por tempo de contribuição mas ainda sem completar a idade mínima de 55 anos. O fator previdenciário (é aí que está a grande distorção) continua valendo depois que o aposentado atinge a idade mínima de 55 anos. É pra vida toda, uma espécie de sacanagem ad eterna.
O governo já está se articulando contra as duas propostas, com o argumento de que eles aumentam de maneira absurda o déficit da Previdência. Neste caso, a pergunta que não quer calar é a seguinte: se a melhoria de condições de vida de milhões de aposentados quebra a previdência, não estaria quebrando o estado brasileiro sangrias como a liberação de bilhões para empresas e bancos e a anistia de mais de 2.000 entidades filantrópicas acusadas de fraudar o caixa da Previdência e do fisco?
O senador Paulo é gaúcho, se fosse baiano ele sim, faria juz ao título de PAIM.
Comentários
O fim do fator previdenciário já passou no Senado e estã em regime de urgência (hehehe) na Câmara.
O diabo é que o Lula já avisou: vai vetar.
E depois se fala, entre petistas, em distribuição de renda no país.
Imagine como o fim do fator previdenciário iria servir para alavancar as economias municipais no país?
sorte
Maschio