O Ibama e o Ministério Público Federal concluíram que um dos fatores que mais contribui para a devastação da floresta amazônica é a criação extensiva de gado. Por isso, começaram a rastrear as empresas da cadeia da pecuária que andam cometendo esse tipo de crime ambiental. Por meio de pesquisa nos registros de compra e venda de bois, foi possível comprovar quem comercializa os rebanhos criados em áreas desmatadas ilegalmente. Isso vai resultar em inúmeros processos contra criadores, frigoríficos e até redes de supermercados, que comercializam a carne oriunda do desmatamento.Informa Carlos Azenha em seu blog que "o trabalho mapeia desde a fazenda que engorda o gado em pastagens ilegais, passando pelo frigorífico que abate, processa e revende subprodutos bovinos, chegando até as indústrias de materiais de limpeza, de calçados, de couros, de laticínios e supermercados que utilizam e comercializam os bois da devastação".
Os processos judiciais já estão sendo montados e prevêem multas que passam dos R$ 2 bihões.
Já foram notificadas várias empresas, entre elas, varejistas de grande porte como Carrefour, Wal Mart, Bompreço e Pão de Açúcar. Entre os frigoríficos processados está um dos maiores do Brasil, a Bertin S.A, que comprou gado de fazendas multadas pelo Ibama e de uma que fica dentro de uma reserva indígena. Detalhe: o maior infrator chama-se Agropecuária Santa Bárbara, sabem de quem? Dele mesmo, Daniel Dantas, o banqueiro condenado.
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