A história do Seu Domingos.
Há poucos dias me deparei com uma cena que me marcou muito. Faço questão de descrever esta história.
Na região do Parque Itaipu encontrei um grupo de servidores municipais trabalhando numa obra em frente a uma escola. Parece que estavam fazendo uma calçada. Era um trabalho pesado mesmo. O pessoal puxava a enxada debaixo de um sol escaldante. Mas um deles me chamou a atenção em especial. Era o Seu Domingos. Um senhor de aproximadamente cinquenta anos de idade e de enxada na mão. O uniforme aparentava estar bem batido, estava sujo de terra e suor. O suor molhava sua camisa. Vez ou outra, Seu Domingos secava a testa e continuava a meter a enxada na terra.
Aquela cena me marcou. Seu Domingos é um dos 28 servidores que estão ameaçados injustamente de demissão por terem participado da greve dos servidores municipais. Esse pai de família que trabalha debaixo de sol e com a camisa molhada de suor, teve seu nome exposto nos jornais como “demitido”. Condenado publicamente por atos que não cometeu. Sua família pergunta por que estão fazendo isso com ele, afinal “ele só faz trabalhar”. Seus colegas de trabalho que sabem da pessoa batalhadora que ele é, estão revoltados.
Por estar a dois anos sem reajuste salarial e por reinvidicar melhores condições de trabalho, Seu Domingos decidiu participar da greve. Ele sabia que a greve é um direito. Mas hoje injustamente está sendo ameaçado de ser mandado para rua. Seu Domingos fez concurso para conseguir seu trabalho. O que não acontece com o grande número de cargos comissionados que foram contratados sem concurso e ganham altos salários. Salários bem diferentes do que o salário do Seu Domingos.
Seu Domingos é mais uma vítima da grande injustiça que o prefeito pode cometer contra 28 servidores. Será que ele é um número? Será que o conhecem; que foram vê-lo trabalhando debaixo de sol? Acho que não. Normalmente pessoas como o Seu Domingos são procuradas apenas de quatro em quatro anos e depois são simplesmente esquecidas.
Seu Domingos é uma pessoa humilde e simples. Diz que tem a consciência tranqüila, que põe a cabeça no travesseiro e dorme com tranqüilidade.
Aquele que comete uma injustiça, como esta que esse trabalhador está prestes a sofrer, deve ter muita inveja da sua consciência tranqüila e do sono bem dormido do Seu Domingos.
Esse texto , já publicado em outros blogs, me foi enviado via email pelo autor, servidor público Paulo Vidigal
Há poucos dias me deparei com uma cena que me marcou muito. Faço questão de descrever esta história.
Na região do Parque Itaipu encontrei um grupo de servidores municipais trabalhando numa obra em frente a uma escola. Parece que estavam fazendo uma calçada. Era um trabalho pesado mesmo. O pessoal puxava a enxada debaixo de um sol escaldante. Mas um deles me chamou a atenção em especial. Era o Seu Domingos. Um senhor de aproximadamente cinquenta anos de idade e de enxada na mão. O uniforme aparentava estar bem batido, estava sujo de terra e suor. O suor molhava sua camisa. Vez ou outra, Seu Domingos secava a testa e continuava a meter a enxada na terra.
Aquela cena me marcou. Seu Domingos é um dos 28 servidores que estão ameaçados injustamente de demissão por terem participado da greve dos servidores municipais. Esse pai de família que trabalha debaixo de sol e com a camisa molhada de suor, teve seu nome exposto nos jornais como “demitido”. Condenado publicamente por atos que não cometeu. Sua família pergunta por que estão fazendo isso com ele, afinal “ele só faz trabalhar”. Seus colegas de trabalho que sabem da pessoa batalhadora que ele é, estão revoltados.
Por estar a dois anos sem reajuste salarial e por reinvidicar melhores condições de trabalho, Seu Domingos decidiu participar da greve. Ele sabia que a greve é um direito. Mas hoje injustamente está sendo ameaçado de ser mandado para rua. Seu Domingos fez concurso para conseguir seu trabalho. O que não acontece com o grande número de cargos comissionados que foram contratados sem concurso e ganham altos salários. Salários bem diferentes do que o salário do Seu Domingos.
Seu Domingos é mais uma vítima da grande injustiça que o prefeito pode cometer contra 28 servidores. Será que ele é um número? Será que o conhecem; que foram vê-lo trabalhando debaixo de sol? Acho que não. Normalmente pessoas como o Seu Domingos são procuradas apenas de quatro em quatro anos e depois são simplesmente esquecidas.
Seu Domingos é uma pessoa humilde e simples. Diz que tem a consciência tranqüila, que põe a cabeça no travesseiro e dorme com tranqüilidade.
Aquele que comete uma injustiça, como esta que esse trabalhador está prestes a sofrer, deve ter muita inveja da sua consciência tranqüila e do sono bem dormido do Seu Domingos.
Esse texto , já publicado em outros blogs, me foi enviado via email pelo autor, servidor público Paulo Vidigal
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