"São tantos os prêmios de jornalismo que perderam a sua importância. Eram estímulos à excelência, hoje são ferramentas de marketing de grandes empresas, recurso para aparecerem no noticiário.
Os prêmios Pulitzer nos Estados Unidos e o Ortega y Gasset, na Espanha, são honrosas exceções, permanecem como referência. Nossa imprensa passa ao largo destas premiações internacionais, talvez envergonhada por não ostentar façanhas iguais.
A última premiação do Ortega y Gasset – a 26ª – ocorreu na segunda-feira (18/5), em Madri, e foi amplamente noticiado pelo jornal que o patrocina, El País, o maior e mais importante diário em língua espanhola do mundo.
Como o patrono Ortega y Gasset foi um grande filósofo e também militante na imprensa, premiam-se jornalistas de todas as empresas, de todos os segmentos, inclusive o digital, e também escritores e intelectuais. Acima de tudo, procura-se estabelecer novos paradigmas para uma profissão hoje mais desnorteada do que nunca".
. Por Alberto Dines (Observatório da Imprensa)
PS: No Brasil, o Prêmio Esso de Jornalismo já foi um grande estímulo à excelência profisisonal. Que Gasset não nos leia neste momento de crise de identidade, onde o jornalista brasileiro nem chega mais a ser ele e suas circunstâncias...
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