Enfim, saiu o relatório do delegado Amaro sobre "a máquina de espionagem de Protógenes", denunciada pela revista Veja. Não foi encontrado nada sobre a vida amorosa de Dilma Rousseff, que a Veja disse ter Protógenes bisbilhotado; não havia grampo nos telefones do presidente do STF, Gilmar Mendes e nem no do senador Demóstenes. Mas o delegado Amaro precisava encontrar algo que incriminasse o comandante da Satiagraha. E achou. Achou uma foto que Protógenes Queiroz tirou de jantar em um restaurante japonês de Brasília. E quem estava na foto? O advogado de Daniel Dantas, Nélio Machado.
Há crime em tirar foto em um local público? Não há, mas a foto está lá, como prova de que o delegado Protógenes vazou informações, cometeu deslize de conduta nas investigações que levaram Daniel Danta à cadeia.
Sobre este assunto escreve Paulo Henrique Amorim:
" Ele ficou horrorizado com a foto no restaurante japonês de Brasília e não viu a reportagem da Veja. E aquela denúncia gravíssima da Veja ? Não é crime, Dr. Amaro ?
Mentir ? Denunciar o que não existe ? Vender ficção como realidade ? Isso é artigo 177 ? Código de Defesa do Consumidor ?
O Inspetor Closeau entrou no apartamento, passou por um cadáver na sala, e chamou a polícia porque a televisão da empregada estava muito alta e incomodava os vizinhos.
Francamente, Dr. Amaro, como é que o senhor leva uma bola dessas nas costas ?".
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