Este é o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor de um livro-bomba sobre as privatizações do governo FHC, que deverá sair no começo do ano. Amaury foi fundo nas investigações e depois, bancado pelo jornal mineiro onde trabalhava, se dedicou a levantar escândalos envolvendo José Serra. Ele mesmo disse à Polícia Federal ter sido escalado para o serviço diretamente pelo diretor de redação , Josemar Gimenez, próximo à irmã de Aécio, Andréa Neves. Segundo a revista Carta Capital, Amaury foi contratado para fazer um dossiê contra Serra, para proteger Aécio Neves contra os tucanos de São Paulo.
Acuado por uma investigação tocada por Itagiba, chefe da arapongagem de Serra desde os tempos do Ministério da Saúde, Aécio Neves temia ter sua reputação assassinada pelo PSDB paulista. Serra queria ser o candidato da elite nacional contra Lula, mas Roseana atrapalhava, pois àquela altura liderava as pesquisas. Serra acabou passando como um trator por cima da filha de José Sarney e foi o candidato. Claro, perdeu para Lula.
Em 2006 José Serra queria ir a forra, mas sentiu que não conseguiria bater Lula, que seria reeleito. Aí manobrou para jogar Geraldo Alkmin na fogueira. O PSDB homologou Alckmin e Serra preferiu a posição confortável de governador de São Paulo. Não deu outra: Alkmin foi derrotado, porque desde o início era o homem marcado para perder.
Aí veio 2010. Seria a vez de Aécio. Mas sem Lula na disputa, Serra pensou: "a hora é agora". Mas tinha Aécio no meio do caminho. Tratou então de detonar o concorrente interno, montando dossiê contra o governador de Minas. Assustado com o efeito Roseana, Aécio procurou se garantir. E viu em Amaury, que já detinha um monte de informações contra Serra, o cara ideal para colocar cascas de banana no caminho do
governador de São Paulo.
Daí pra frente o que se viu foi um festival de denúncias de quebra de sigilo bancário e fiscal, jogado nas costas do PT. Mas agora, tudo começa a vir a tona. E isso explica as razões pelas quais a candidatura Serra está indo novamente pro vinagre.
No desespero, o tucanato parte para o tudo ou nada, como a farsa do Rio, onde uma simples bolinha de papel, virou objeto contundente.
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