"Quando quebrado o sigilo fiscal de tucanos (setembro de 2009), estava no auge a guerra entre Serra e Aécio pela candidatura presidencial".
Lendo esta nota do "ex-bateu, levou" Cláudio Humberto, não resisto a tentação de comentar a reportagem extensa que a Globo levou ao ar ontem no Jornal Nacional sobre as quebras de sigilo de tucanos feitas pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Ligaram Amaury ao PT e o caso à campanha de Dilma. Mas o próprio jornalista, que escreveu um livro-bomba a ser lançado em janeiro, disse na Polícia Federal que seu trabalho visava proteger Aécio Neves do massacre que contra ele fazia José Serra, por conta da disputa interna do PSDB pela indicação do candidato do partido a presidente.
A Globo, claro, aproveitou o mote para matar dois coelhos com a mesma cajadada: bater na candidatura Dilma Roussef, colocar Serra como vítima e retomar sua briga com a Rede Record, que anda pisando em seus calcanhares em termos de audiência.Amaury é atualmente, editor da rede de TV do bispo Macedo.
Por falar nisso, o JN , em sua cobertura do segundo turno (dá o mesmo espaço para os dois candidatos por força de lei), destacou a irritação de Dilma contra manifestantes do Greenpeace, que insistiam para que ela assinasse um documento se comprometendo a reduzir a zero o desmatamento da Amazônia. Dilma insistia que seu projeto é reduzir 80%, posto que zerar o desmatamento, nem Cristo.
Mas o noticiário sobre a agenda de Serra omitiu o tumulto que a visita dele provocou ao Rio, onde o candidato tucano levou uma pancada na cabeça. Assim como tinha omitido o episódio de Canindé, onde a comitiva tucana levou uma carraspana corretiva de um padre, por pela presença inoportuna do candidato na missa e pelo time dele ter distribuído panfletos difamatórios contra Dilma, usando o nome da igreja.
Comentários