Tenho recebido diversos e-mails que parecem querer obrigar as pessoas a não votar neste ou naquele candidato ou partido por causa de questões morais católicas, e ainda dizem que é posição da CNBB e da Igreja.
Se a Igreja dissesse em quem não votar acabaria dizendo em quem votar. E aí estaria afirmando que tal candidato (a) está de pleno acordo com a Igreja. Será que algum dos candidatos (as) está de pleno acordo com a doutrina da Igreja? Com certeza, não. Se o critério para votar fosse estar em plena sintonia com a doutrina da Igreja não seria possível votar em nenhum.
O papel da Igreja é formar bem os cristãos, dar opções para que cada um tenha consciência crítica, saiba fazer uma boa análise de conjuntura e escolha de acordo com a sua consciência. Ela não deve induzir ninguém.
Parece que tem gente que não estudou a cristandade e tem saudades da Igreja unida ao trono, tem saudades do padroado. A Igreja precisa estar livre para poder anunciar o Reino e denunciar o pecado.
Pe. Sidney Fabril , Coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Maringá.
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