Dilma tem Erenice Guerra como a grande pedra no seu sapato; Serra tem Paulo Vieira de Souza, o "Paulo Preto", mais do que uma pedra, um calcanhar de Aquiles.
Como sempre a corrupção torna-se um dos grandes temas de debate das campanhas eleitorais. O diabo é que nesse debate, que está mais para embate, todos têm telhado de vidro. As telhas de Dilma são novinhas em folha, por isso refletem mais quando expostas aos raios solares. Já Serra, tem um telhado gigantesco, mas conta com o "filtro" da mídia amiga.
De qualquer forma, seria interessante nesse processo pedagógico da crítica política, a produção do programa de Dilma resgatar alguns vídeos que,se já na tiraram, está no YouTube. Exemplos: o de Fernando Henrique Cardoso falando que Serra foi quem o convenceu a privatizar a Vale do Rio Doce e a fala de Itamar, dizendo que Serra andou batendo pesado no Plano Real.
E nesse jogo de mentiras e videotapes, a população iria avaliar com mais critério quem realmente é melhor para o país.
De minha parte: acho que Serra é nocivo, na medida em que tem uma posição clara de redução do poder do estado sobre a economia. A teoria do estado mínimo é um veneno para as políticas compensatórias, que convenhamos, é um mal necessário. E como é necessário.
Essa história de Serra dizer que vai fortalecer e até incluir o 13o. no bolsa família, é conversa pra boi dormir. Salário mínimo de R$ 600,00 a partir de janeiro pode até ser, mas e a política de recomposição daí pra frente? Dá pra acreditar?
Uma coisa que não entendo é isso: Serra foi presidente da UNE, diz que esteve ao lado de João Goulart nas reformas de base, participou ativamente da campanha das diretas, etc e tal. Mas apesar de toda essa biografia, é claramente o candidato que a direita pediu a Deus. Por que será?
Cá entre nós: não há nada pior para o espectro político-ideológico do que um ex-esquerdista.
Comentários