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A propósito da CPI da privataria



"É o momento para que a sociedade brasileira se articule e exija do governo a reversão do processo de privatizações. As corporações multinacionais já dominam grande parte da economia brasileira e é necessário que retomemos as atividades estratégicas, a fim de preservar a soberania nacional. É também urgente sustar a incontrolada remessa de lucros, obrigando as multinacionais a investi-los aqui e taxar a parte enviada às matrizes; aprovar legislação que obrigue as empresas a limpa e transparente escrituração contábil; regulamentar estritamente a atividade bancária e proibir as operações com paraísos fiscais. É imprescindível retomar o conceito de empresa nacional da Constituição de 1988 – sem o que o BNDES continuará a financiar as multinacionais com condições favorecidas.

A CPI que provavelmente será constituída, a pedido dos deputados Protógenes Queiroz e Brizola Neto, naturalmente não se perderá nos detalhes menores – e irá a fundo na análise das privatizações, a partir de 1990, para que se esclareça a constrangedora vassalagem de alguns brasileiros, diante das ordens emanadas de Washington. Mas para tanto é imprescindível a participação dos intelectuais, dos sindicatos de trabalhadores e de todas as entidades estudantis, da UNE, aos diretórios colegiais. Sem a mobilização da sociedade, por mais que se esforcem os defensores do interesse nacional, continuaremos submetidos aos contratos do passado. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo".

Comentários

Santayanna que me desculpe no seu patriotismo de convocação ampla, mas antes será preciso um caos completo, que atinja diretamente cada um do povo, e de consequência o "cofrão" do erário, pra que, com o pouco da cinza restante, se molde um Brasil-potência de verdade, não o dos discursos político-partidários, sem maculados pelos vis interesses.

Hoje, Messias, qualquer tentativa de reformar essa "Brasília 77" que é nosso país, só resultará num veículo ricamente pintado, reluzente, mas que por baixo dessa tinta continuará sendo a vetusta "Brasília 77", sujeita às recaídas ferrugentas de sempre.

Todo poema sem rima nem sentimentos, precisa ser integralmente lançado fora pelo poeta, pra que dê lugar a uma inspiração pura, brotada no seu coração.

O Brasil de hoje se assemelha a um verso petistamente desbotado e sem rimas, uma canção desafinada por falta de claves e sobretudo de chaves, uma porta escancarada a pontapés pelos salteadores dos três poderes.

abs

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