Tem por aí uma pá de babacas, que ri a toa, ri de tudo. Ri da desgraça alheia, ri do “humor chulé” , ri do trocadilho infame, ri da piada sem graça, ri do manco, ri do fanho, do gago. É para eles que Haroldo de Campos transcriou este poema do russo Victor Vladimirovitch Khliebnikov , que acabo de pinçar do ótimo Blog do Mello:
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos, rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos – risadas de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos, rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos – risadas de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
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